quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Olá Sr. Cão!

Olá Sr. Humano, como vai?
No que diz respeito aos encontros entre pessoas e cães, esta é a fantasia (ou não) que muitos humanos têm: encontrar um cão simpático e cortês. Porque... em vez disto, temos:
  • O refém - é a Guerra dos Mundos, e o cão parece que encara com um tripod ou um alien. Bom, se o humano for o Mário Nogueira, tudo bem, eu percebo, agora quando se trata de uma pessoa normal, não há necessidade disso rapaz! A meter a cauda entre as pernas e a cabeça para baixo todo assustado, porquê?
  • O palhaço - tal como quando vamos a um circo (e por não terem posses, estes indivíduos gostam de arranjar pessoas que passem a ser artistas sem cachê, mesmo que para isso já tenham pago um bilhete normal) somos convidados a participar no espectáculo, também esta classe de cães nos quer convidar à força para montar uma performance de dança contemporânea epiléptica com fusão de teatro de mimo com berlindes no intestino... Saltar feito maluco de um lado para o outro, tal como quando o Portas festejou a saída da troika, é com estes canídeos.
  • O rei - tal como a figura mais importante e desnecessária que um país pode ter, também este tipo de cão é um "à vontadão" que não se importa com nada. Até podem rebentar com a porta e entrar à força em casa... mas cá continuo no sofazinho descansadinho. Quem é este? Deixa-me cá estar quietinho pah! É o pasha dos tempos modernos e ocidentais... pior mesmo que um gato!
  • O polícia - tem a mania que é cão polícia, e tenta encontrar droga, geralmente na zona genital, onde de facto se podem situar sacos suspeitos, mas meu amigo, afundar o focinho nessa zona, é mais desconfortável que um exame à próstata... Portanto vamos evitar isso, ok?
  • O sindicalista - berrar e protestar é com ele. Parece que acabou de vir de um workshop da CGTP. Mas qual o objectivo? É... o mesmo do dos sindicatos que vão para a rua...nada! Apenas chamar a atenção...
  • O hannibal - este não berra, mas ataca sem avisar. Depois claro, o idiota do dono, que sempre afirmou que o canino não fazia mal, continua a afirmar que apesar de ter mordido não fez mal nenhum, e que tal coisa nunca acontecera. Só no nosso funeral é que reconhece que realmente portou-se um bocadito fora do normal.. e que entretanto já o colocou de castigo, estando proibido de comer Royal Canin por 2 dias!

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Respondentes de emails

Todos nós já tivemos o prazer, ou o desprazer, de ver alguém a responder (ou não) a um email que enviamos.
Ora bem, vamos então analisar os diferentes tipos de respondentes que existem por esse(s) mundo(s) fora.
  • O Deus - está sempre presente quando se responde para todos. Mesmo que alguém faça um simples reencaminhamento, tem sempre de anexar urina, a fim de garantir demarcação territorial.
  • O Flash - ainda o emissor está a pensar no que vai escrever, já ele está a enviar a resposta. Os mínimos olímpicos para estes atletas da desatenção estão nos 10 segundos.
  • O Peixe - aquele indivíduo que tem uma memória que faz inveja a um babuíno da NASA... entenda-se, tem memória de peixe. Normalmente só responde à última pergunta a ser lida, porque se se atrever a responder a todas, pode desencadear um desastre de Chernobyl no seu corpo (o que em humanos não é nada agradável, diga-se de passagem)
  • O SHG (Ser Humano Governamental) - aquele que demora imenso, mas quando digo imenso atenção, refiro-me ao tempo que uma pulga-Macgyver demora a fazer um veículo interespacial para invadir a pelugem do Chewbecca que mora sabe-se lá onde. É portanto aquele indivíduo que tem a mania que é o governo ou que recebe milhares de cartas de fãs e não tem tempo para redigir umas meras palavras.
  • O Cheerleader/deputado - quando recebe um email, tem sempre de dar o seu apoio. Muito bem! Sim senhor! Grande colega! Que bom! Que merda de desperdício de bytes que és, meu caráculo... está mas é caladinho, que assim fazes mais pelo mundo e também pela natureza.
  • O Arquivador - até hoje, nunca cheguei a perceber o que leva um ser humano a não responder a alguém, porque até um dos animais mais estúpidos de todos - o peru - responde sempre, mas sempre a qualquer coisa minimamente audível. De maneiras que, alguém que apenas gosta de fazer colecção de emails, devia falecer e depois reencarnar numa cloaca de um peru.

sábado, 4 de outubro de 2014

Escaravelhos digitais

Certamente que o leitor já recebeu daqueles emails fecais de evangelistas que anunciam a auto-palavra de Deus... Daqueles indivíduos que insistem em mostrar à maior fatia possível de pessoas que são bons samaritanos ou que são candidatos a presidente da junta (de Lego que têm em casa). E quando recebe o quadragésimo email, já está com vontade de atirar o computador porta fora ou suicidar-se?

Pois bem. Há pessoas, que provocam inveja aos escaravelhos, pela sua alta capacidade em organizar e catalogar merda digital. Defecam todo o tipo de porcarias para o ciber-mundo, desde fotos dos seus pés (alguns com civilizações avançadas de fungos que até já descobriram as viagens espaciais), notícias extremamente importantes como terem chegado a um determinado sítio (parece que a época dos descobrimentos ainda não acabou) ou simplesmente jogar ao "rei manda dar um traque social" (daqueles mesmo mal-cheirosos que afectam todos, literalmente, porque depois têm de os retransmitir).
No entanto isto não é assim tão mau, porque a maior parte das pessoas tem autoclismo digital. O pior, é quando esta defecação é transposta para o mundo profissional. Por exemplo, após alguém anunciar algo (porque um anúncio é naturalmente feito para "toda" a gente), há certas pessoas que decidem responder da mesma forma - para "toda" a gente. Tal como se enviassem uma carta aberta. Uma simples felicitação que devia ser privada - entenda-se apenas e só apenas para a pessoa que fez o anúncio - torna-se num espectáculo que faz concorrência ao Cirque du Soleil. Mas porque fazem isso? Ok, se eu anunciasse que o meu filho acabou de nascer às minhas amigas divas cantoras de ópera, eu não me admirava que fizessem espectáculos nos coliseus só para comemorar tal feito... Agora simples humanos? Porquê senhores? Porque têm de anunciar a toda a comunidade que disseram algo a uma pessoa e são portanto bons exemplos de gentinha que se encontra à venda numa boutique perto de si? Nem quero pensar no que vão fazer quando pedirem alguém em casamento... convocar uma peregrinação circense seria coisa pouca de certeza...

Isto tudo para dizer que a experiência exacerbada em disenteria digital, não justifica responder a todos os emails com conhecimento para toda a gente, ok? Para isso existem sanitas digitais como o Twitter ou o Facebook... Quando quiser ver teatro de demonstrações afectivas (falsas?) entre personagens vou... ora... ao teatro!