O lorde dos antebraços

Certamente que o leitor já se deparou com esta situação várias vezes: afinal de contas, quem é que tem direito a usar o apoio comum para antebraços?

Sempre que me sento numa plateia, num comboio, num autocarro que possuí assentos com braços, acontece uma digladiação entre os meus cotovelos e os do indivíduo que se senta ao meu lado. Para piorar, não existe nenhum guia de orientação sobre esta matéria, e os fabricantes insistem em construir apenas 1 braço por 2 cadeiras, que estão encostadas como uma pseudo-cama-de-casal num quarto twin. Está portanto dada a partida para a maratona da lana-caprina. Mas então, quem tem direito ao espaço e como deve ser usado?

• o primeiro a chegar ganha! - é o que acontece na maior parte das vezes, mas era também a justificação de Hitler para a maior parte das asneiras que fez...
• o mais corpulento tem direito a usar...? - hmm, tendo em conta que foi forreta e não comprou 2 bilhetes e se calhar devia, deve sofrer pelos seus crimes, já para não dizer que ele pode usar a sua própria banha como apoio acolchoado
• o mais irrequieto ou o mais calmo deve ser o eleito? - talvez o mais calminho deva ser o condecorado, contudo se for um cadáver e não se mexer ao fim de 2 horas, teremos de anular esta decisão; isto porque, o oposto, ter um hamster ao lado, que está sempre a mexer os braços é uma coisa muito mas muito irritante, e estaria constantemente a dar cotoveladas
• partilhar? - o quê??? mas que..? bom, talvez seja boa ideia sim, colocar o cotovelo de um mais a cima e o do outro mais abaixo, é possível... no entanto impraticável, se tivermos de conviver com braços da grossura de um pilar da ponte 25 de Abril...
• os polvos são os escolhidos - infelizmente esta é a realidade, aqueles à vontadões que limpam o rabo à carta dos direitos humanos e usam o manuais de boas maneiras como guardanapos, usam e abusam... o apoio é só deles, e, como um polvo que gosta de explorar, vão mais além e expandem a sua massa corporal até ao espaço dos outros; estes sim, mereciam ser atacados pela artilharia fecal de cada um de nós, mas tal coisa, faria da nossa pessoa um terrorista intestinal, coisa que não queremos.

O Presidente da Junta T1E2 - Sr. Martins

Pedro e a sua nova namorada israelita (Bare Rafaela) são os grandes impulsionadores da candidatura de Zé. O Sr. Martins junta-se à causa e o adversário político do Zé percebe que não é o único candidato.

Conquistadores corriqueiros de feitos corriqueiros

- Mamã! Conquistei Portugal!
- Que bom Napoleãozito!
Felizmente tal coisa nunca aconteceu, mas não é de feitos grandes que estou aqui para vos falar, mas sim de feitos corriqueiros de merda.

Há por aí conquistadores, pequenos conquistadores do dia-a-dia, que fazem grandes feitos. Feitos esses que podem ser: ir pela primeira vez ao bacio, guiar pela primeira vez o carro sozinho ou realizar a primeira transacção monetária. Ora, é claro que estou muito feliz por eles, porque a primeira vez é sempre especial, mas, tal como Napoleão, gabam-se sempre que voltam a fazer o mesmo, outra vez.... e outra vez. Admirem-me! Ontem viajei sozinho de comboio..
Ontem deitei-me tarde e hoje acordei cedíssimo, para estar aqui! 
Eh pá, já não é a primeira vez pois não? E já tens 30 anos, e depois? Ninguém quer saber! Queres que alguém pinte um retrato a óleo desse feito? Queres escrever isso no teu livro de memórias para mais tarde ficar arrumado numa biblioteca itinerante?
Portanto meus amigos, se nunca ninguém escreveu um livro ou fez um filmes sobre algo que fizeram, é porque muito provavelmente é uma coisa normal, que os humanos fazem no seu dia-a-dia, e como tal, lançar fogo de artifício ou criar um festival em honra disso, é... parvo. (E não, as novelas - que têm argumentos corriqueiros da treta - não contam para esta metáfora!).

Agora, termino esta minha intervenção enaltecendo que escrevi mais um post!! Admirem-me!! Já viram?? Como foi possível conquistar tal feito!

O Presidente da Junta T1E1 - Regresso à aldeia

Zé regressa às suas origens, à sua aldeia, e por impulso decide candidatar-se à presidência da junta de freguesia.