CarlosaxCritical Sketches - 10 anos!

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Reveja as 7 temporadas e as Rapidinhas da primeira série portuguesa de animação online

domingo, 30 de novembro de 2014

A Paixão do Pavão

Vejam só as minhas penas... que lindas não são? Já vos falei das minhas penas? Olha quem é ele! É o leitor, como vai? Já lhe contei que tenho umas penas lindas brancas? Talvez me tenha enganado, peço desculpa, é uma leitora? Tenho uma novidade para lhe dar, é que, não se se já reparou nas minhas penas lindíssimas brancas, que parece que foram caiadas por um visconde alentejano, com mestrado em caiação de casas alentejanas? Bom, penso que já sabem do que estou a falar, mas, ahh bolas... agora tenho de ir ali defecar, já venho, mas sem antes recolher as minhas esbeltas, formosas, perfeitas, primorosas, graciosas, atraentes, belas, encantadoras... penas brancas. Até já. Não se esqueçam das minhas penas brancas, ok?

É esta a vida, pouco egocêntrica (o detetor de ironia acabou de rebentar), de um pavão. Faz questão de mostrar da forma mais circense, cinemática e às vezes neandertalesca, o que tem, ou o que conseguiu (porque sim, já é possível comprar penas falsas!).
Dizem que os humanos vieram dos macacos. Não sou biólogo mas, tenho a certeza que alguns descendem directamente dos pavões: originando os parvões. Os parvões são portanto humanos, especialistas em se parvonearem (reparem neste novo verbologismo [reparem neste novo neologismo]) discretamente. Mais rápidos que balas, já é tarde demais quando nos apercebemos que acabaram de se exibir, bolas! Vamos ver alguns exemplos que um investigador da Geografia Nacional recolheu:
- Eh pá, eu trabalhei na X, por acaso estou com uma t-shirt e cuecas da X, mas não foi de todo o maior evento da minha vida. Contudo, por acaso estou aqui para vos falar de como foi trabalhar na X. Já vos falei de como era a X? Espectacular! Deixa-me cá ver as horas no meu relógio oferecido pela X, ahh está quase na hora... de falar da X. Quando acabar vou-me candidatar outra vez à X.
- Pois eu gostava muito de trabalhar aqui, mas não sei se tenho tempo, porque tenho imensas ocupações, sou consultor da NASAl (empresa que fundei e faz cremes para o nariz), estou a tirar um doutoramento (na universidade sénior) em psicologia (dos hamsters), sou CEO da NASal (sucursal da NASAl) e ainda sou dono de casa...
- Ouve lá, agora sei como nos sentíamos quando estávamos daquele lado, agora que sou um investigador e professor e estou deste lado como professor, a supervisionar um exame. Eu que fui aluno, e agora sou professor, isto é brutal! Ahh... desculpa, nem reparei que em vez de uma mensagem privada estava a enviar-te esta comunicação para o teu perfil público para toda a gente perceber que agora sou professor. Já vos disse que fui aluno e agora sou professor? Hein?

E pronto, agora que o leitor conhece melhor os parvões, fique atento! Existem letreiros nos zoos com mensagens do tipo "não alimente os animais", neste caso recomendo exactamente o oposto, e mostre que também tem penas, como qualquer pássaro normal... Mas só a eles, senão torna-se num parvão!

sábado, 8 de novembro de 2014

Experimentador profissional

Vamos imaginar, que estamos a caminhar calmamente pelo supermercado, e observamos um indivíduo, que de agora em diante vamos designar por cara%%o, a tirar a virgindade a certos recipientes de perfume e desodorizante, só porque está indeciso no qual há-de escolher. Só porque tem de snifar o aroma, antes de adquirir. Como se de uma prova de vinhos requintada se tratasse...
E pergunto eu ao cara%%o: desculpe lá, mas, sabe que isto não é nenhuma feira onde pode experimentar os produtos não sabe?
Ao que o cara%%o responde:        
(Não, não é um erro de escrita, o cara%%o decidiu manter os seus orifícios anal e bocal fechados. Contudo, a atitude assustada e de lamentação, igual à de uma pessoa que acaba de limpar o salão de baile nasal tem, levou-me a crer que o cara%%o sabia que não estava a proceder da melhor forma. Mas, logo a seguir, a atitude paulo portana - entenda-se, vou continuar a fazer fezes sociais porque é pelo meu bem maior - redireccionou imediatamente a minha classificação humana daquele ser putrefacto, para aquilo que de facto é: um grande cara%%o filho da primeira pega que veio a este mundo.
Note-se, que estes cara%%os são os mesmos tipos de traques humanos que são capazes de protestar com um trabalhador do supermercado, só porque existe um produto já aberto na prateleira, pois bem meu cara%%o, foste tu! E já agora, vai ao médico porque para além de cara%%isse deves sofrer também de Alzheimer.

Portanto vamos lá ver uma coisa. Um supermercado, não é nenhum centro de refugiados soviético em que tudo é de todos, nem é nenhum bairro social em que até as doenças venéreas se têm de partilhar. É para pegar, NÃO MEXER, e levar, sem experimentar, sem abrir ou consumir, entendido? Percebeste cara%%o? Pronto para viver entre humanos?

PS: a profissão de "experimentador profissional" não existe... lamento.