CarlosaxCritical Sketches - 10 anos!

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Reveja as 7 temporadas e as Rapidinhas da primeira série portuguesa de animação online

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Epidemia barbiana

Olá! Seja bem-vindo ao Iraque ou ao Irão ou... a Portugal! O quê?? Pois é....

Nos dias que correm, e apesar de (supostamente) Portugal ser um país laico-católico, mais parece um país muçulmano, dada a quantidade de barbas que por aí vagabundeiam. Há quem diga que o Estado Islâmico não tem qualquer hipótese no que toca à conversão de tugas (à excepção claro está, do tão cobiçado emprego de bombista, para estudantes dirigentes associativos), contudo, eu não tenho assim tanta certeza disso... E tudo à custa da tão tradicional característica portuguesa: preguiça. Ok, não é tão mau como os ninhos de cagarras que alguns rabinos mais aventureiros ousam ostentar, mas ainda assim é preocupante. Em Portugal, as barbas começaram a ser extinguidas logo após o término dos tempos medievais, por volta de 1910. Foi também por essa altura que o então chamado "ritual de tosquia facial", e que exigia seguros de vida, foi substituído pela sequela da Alice nos País das Maravilhas chamada de "fazer a barba". 5 minutos! 5 minutos meus amigos, é o tempo que um compositor de música eletrónica demora a fazer o seu álbum, e é também o tempo que um descendente do Neandertal demora a remover a pelugem facial. Não custa nada! De notar que até o exército exige tal ação, mesmo em tempo de guerra. Está escrito nos manuais, que caso um soldado faleça em combate, a última coisa que faz antes de sucumbir, não é tirar o pino da granada para levar consigo de forma heróica todos os inimigos que o rodeiam, mas sim pegar na navalha e remover a sua barba pela última vez! Não é permitido perecer pela pátria com barba!

Não façam isto meus amigos.. É um flagelo. Quem tem jardim tem de o tratar! A associação de profilers da polícia até já teve de dar formações de actualização, a fim destes profissionais passarem a considerar "sem-abrigo", "figurante de filmes bíblicos" e "marginal" como "sujeito normal".

segunda-feira, 13 de abril de 2015

O competidor do dia-a-dia

3... 2... 1... partida! Vamos! Rápido! Tens de ultrapassar aquele carro antes de chegares à portagem! Depressa! Conseguiste!! Boa! Agora tens de parar na portagem porque não tens Via Verde....

Ora aqui está um exemplo daquilo que é uma competição quotidiana da treta. E eu pergunto: mas porquê senhores? Não só o prémio não é aquele que estavam à espera - que grande Lewis Hamilton? Não! É o Hamilton sim, mas o novo babuíno do zoo da cidade... - como também passam por Banes abastecidos por adrenalina-veneno de um personal trainer mega-fã da Casa dos Segredos (alguém que não é fã de Batman percebeu esta piada?).

Bom, vamos então entrar no mundo fantástico da imaginação de uma criança, que está a pilotar um bombardeiro de última geração. Cabum! Bombas foram largadas destruindo uma base inimiga. Agora vamos passar à realidade, que é a que o papá vê: o puto está a brincar com uma régua metida numa caneta, e a atirar berlindes ao chão. De igual modo, as fantasias babilónicas de um competidor do dia-a-dia estão ao mesmo nível. Ultrapassar um carro, equivale a uma subida ao Evereste... Ganhar o bingo provoca o mesmo tsunami cardíaco que ser treinador da Académica, ganhar a Champions e logo a seguir vencer o festival de tunas na mesma cidade sem patrocínio (babilónico!) da Sagres... Vencer a porra de um simples jogo de sueca desencadeia uma avalanche (babilónica? já chega disto pah!) orgásmica tal, apenas superada por aquilo que um frade da religião Apple sente quando lançam uma nova versão do iPhone com mais 1 MB de memória... São fantasias senhores!

Mas atenção, um competidor quotidianista tem altos padrões de competição, não apostando em qualquer adversário. Normalmente são apenas escolhidos némesis à altura.. Por exemplo, todas as pseudo-corridas automóveis são sempre feitas em estrada e nunca em autódromos contra pessoas que nem sequer sabem que estão em pseudo-competição... e concursos internacionais (normalmente em ambiente familiar) de algum tipo de jogo, são sempre feitos contra crianças de 5 anos hemofílicas, com doença dos pezinhos e que rastejam em andarilhos da marca Cruz de Cristo... (lá está, quem faz esses andarilhos é uma empresa sediada na Babilónia?.... Não!)

sexta-feira, 10 de abril de 2015

A minha vida é um filme (crónica)

Há pessoas (principalmente crianças impressionáveis e adultos sem a instrução cívica básica) mesmo muito românticas e sonhadoras que pensam que a vida real é igual a um filme. Mas terão razão?

Toda molhada (filme)
A rapariga fecha a torneira do duche. Vemos apenas a sua silhueta através da cabine. Close no tapete do duche, ao mesmo tempo ouvimos a porta da cabine abrir, ela sai e pousa os pés no tapete. A câmara vai subindo, vemos as pernas. Vemos depois a toalha com que ela acabou de se tapar, paramos com um close na cara dela. É bonita. Ela avança. Corta para o corredor. Vemos a rapariga a dirigir-se para o quarto, com um andar sensual, como se de uma gata se tratasse.

Toda molhada (versão real)
A porcalhona saiu do duche a pingar, e molhou-me a porra da casa toda! Mas que merda é esta? Nem a válvula da sanita que rebentou a semana passada, e que fez da casa de banho um centro de banhos romanos, fez tanto alarido. Depois, como bom dono de casa que sou, obriguei-a a pegar numa esfregona e a limpar aquela merda toda.
Recomendação real: o cidadão real deve limpar-se com a toalha antes sequer de sair do duche, evitando assim males maiores. Ah mas a pele para se hidratar tem de secar naturalmente.. Eh pá, quando inventaste isso já eras dono de casa ou eras estagiário na Nivea, a viver na casa dos papás que limpavam sempre o WC quando o menino saia de lá, porque parecia que tinha andado a jogar Jumanji lá dentro? Então cala-te pah!


Noite (peitoral) à Dr. Bayard (filme)
O homem deitou-se na cama com um neo-pijama másculo - entenda-se, apenas de cuecas. (Isto para mostrar, claro está, todo o trabalho de ginásio do actor, perante o público, e também para fazer publicidade à marca de roupa interior, cujos clientes são na sua maioria gays.) Na manhã seguinte, acordou, e levantou-se da cama nos mesmos preparos.

Noite (peitoral) à Dr. Bayard (versão real)
O homem (possivelmente por desconhecimento) não possuí pijama no seu inventário, e como tal só dorme de cuecas. Na manhã seguinte acordou com o peito frio, constipado, e com os testículos torcidos. Foi a coxear para as urgências.
Recomendação real: o cidadão deve usar pijama (roupa especialmente desenhada para o habitáculo "cama", sim, já existe e está disponível numa loja perto de si) deixando, se possível, as zonas mais sensíveis à rambo a fim de evitar amarfanhamentos (aplicável tanto aos machos como às fêmeas).
Pijama? Eh pá, se até para a porra de um concerto de metal vestem roupa especial preta, porque raio não hão-de fazê-lo, para quando dormem?? Santo deus...


Romance no novo quarto (filme)
O casal, jovem, pinta alegremente o seu novo quarto, na sua recente adquirida habitação. Ela, marota, pinta-lhe o nariz com o pincel. Ele riposta marcando-lhe as mãos na cara. Começam a beijar-se, rebolam pelo chão atirando com as latas de tinta ao chão. Ficam da cor com que as paredes já deveriam estar.

Romance no novo quarto (versão real)
(O polícia que encontrou dois cadáveres, e que ao início pensou serem palhaços envolvidos num crime circense, acabou por escrever um filme baseado na história verídica. É óbvio que a causa do falecimento foi morte por intoxicação e parvoíce.)
Recomendação real: os cidadãos (à excepção dos gunas, azeiteiros, skinheads, jihadistas e drogados) não devem consumir produtos tóxicos.


Convívio jovem (filme)
Estamos numa festa. Vários jovens, contentes, dançam e saltam ao som da música. Corta para momento em que fazem karaoke. Vemos um relógio que marca 2 da manhã. Os jovens, agora jogam cartas, riem-se alto. Corta para cena em que o guitarreiro profissional do grupo canta para os amigos, acompanhado pelo batuqueiro de serviço. Close em cervejas. Close num casal jovem embriagado e a beijar-se. Corta para cena em que todos estão a dormir distribuídos pela sala, com o sol a irromper pela janela.

Convívio jovem (versão real)
Aqueles cara%%os não se calam! Já é de madrugada e continuam a falar alto, quais hipopótamos com febre tratados por um veterinário míope e bipolar, que comprou supositórios da marca (militar) "obus". Vou chamar a polícia.
Em relação ao dormir de dia, fica no ar a pergunta: mesmo depois de anestesia geral, será mesmo possível dormir com uma luz a bater nos olhos tal, que parecem 50 carros com faróis xenon abastecidos por uma central nuclear? Até o nervo óptico já apresentou a demissão!
Recomendação real: o cidadão real deve deixar as festas madrugais para os estabelecimentos devidamente autorizados. Esta recomendação é especialmente reforçada, se tiver como vizinho o Dexter ou o Hannibal.

Portanto, como o leitor teve o prazer de apreciar, a ficção designa-se dessa forma por alguma razão. Não, não existem tapetes voadores. Não, não existem quarentonas como a Claudia Schiffer. Não, não existem prostitutas como os filmes de Las Vegas. E não, também não existem pessoas com 7 vidas. Por outro lado, sim, existem consequências, doenças, problemas e falecimentos...
Daí que, vamos deixar a amigalhaça ficção, ficar no mundo encantado dos sonhos e na vida de um surfista profissional... Entendido?