domingo, 21 de junho de 2020

Mulheres são como cães e os homens são como as moscas?? Hein??

Acompanhem-me nesta minha teoria: as mulheres são como cãezinhos abandonados; os homens são como moscas! É estranho, não é? Pois bem, também acho... ou melhor, achava! Vamos perceber porquê?

Mulheres são como cãezinhos abandonados
Custa-me dizer isto em tempos de pós-feminismo, contudo, ou o feminismo ainda não se disseminou o suficiente ou então é tudo balelas! Porque o que se passa é o seguinte:
  1. Sedução: vemos um cãozinho perdido na rua e chama-mo-lo! Anda cá, tão fofinho! Ah... Que fofo... Anda cá! Estás perdido?
    1. Nop: o cãozinho foge assustado.
    2. Yey: o cãozinho vem ter connosco e recebe festinhas!
  2. O encontro: o cãozinho necessita que alguém lhe dê comida e água, que o passeie, que lhe dê constantemente atenção dizendo "bom cãozinho!" ou "Quem é o mais fofo? Quem é? Quem é? És tu!", que o coloque na jaulinha de passeio, que lhe apanhe as necessidades e acima de tudo de alguém que lhe controle todas as atividades diárias. Eventualmente pode pedir que quer ir passear mas, antes disso o dono já tem de ter essa intenção! Nunca entendi porque é que os cãezinhos nunca sabem o que querem fazer!
  3. O casamento: quando, finalmente, adotamos o cãozinho temos de lhe proporcionar uma vida de luxo, é o pequeno paxá lá de casa, tudo passa a girar à sua volta e novos hábitos são criados, inclusive optar por férias adaptadas ou hotéis para animais de 10 estrelas!
  4. O nascimento: se por acaso o nosso cãozinho tiver uma ninhada... bom... em termos de chatice aplicamos uma fórmula exponencial que depende do número de crias que tem.
E então? Similaridades com algo que conhecemos, ou não? Homens, substituam a palavra "cãozinho" por "mulher"... É, não é?? Também achei!


Os homens são como moscas
Agora é bem mais simples...
  1. Sedução: onde quer que estejamos, com quem estejamos, em qualquer clima, em qualquer região, na altura que for... há de haver sempre a porra de uma mosca a cheirar o nosso espaço pessoal!! Nem sequer há por ali cocó (talvez sejamos nós o cocó?) mas, existe sempre uma porra de uma mosca a rondar o que quer que seja! Se a janela está aberta, há sempre uma mosca que entra!
  2. O encontro: apesar de não querermos, e apesar de termos matado (peço desculpa PAN) todas as moscas que estão ali na sala ou na cozinha, quando estamos a comer, há sempre uma que sai sabe-se lá de onde que vem ter connosco, quer conhecer-nos melhor ou o que é, sempre a chatear, sempre a pousar na nossa pele! Mas como a paciência já não é o que era, olha, que se lixe, vamos ficar parados e ela vai almoçar ou jantar connosco!
  3. O casamento: mesmo quando já existe aquela mosca especial para a qual já não temos paciência, há de aparecer, onde quer que estejamos, com quem estejamos, em qualquer clima, em qualquer região, na altura que for... a porra de uma outra mosca!! Mesmo com inseticidas e repelentes, é impressionante! Vai embora, ó raio da mosca, arre!
  4. O nascimento: quando realmente necessitamos de uma mosca, seja para servir de refeição à nossa aranha de estimação, ou para comer cocó que o gato do vizinho fez no nosso quintal, não há mosca alguma, nenhuma!
Isso mesmo... mulheres, substituam a palavra "mosca" por "homem"... Ora aí está!

O que o leitor achou? É ou não uma teoria válida?

sábado, 13 de junho de 2020

As manifestações

Nunca percebi o objetivo de fazer uma manifestação, que na sua essência é: ir para a rua berrar por algo.
Se estivermos a falar de uma manifestação circense, gosto! Mas a maioria é chata, aborda temas sociais e políticos! E portanto, o que se ouve e vê - porque o pessoal também gosta de cartazes - é: "sou contra isto!" ou "sou a favor daquilo!" ou "abaixo aqueloutro!". Tudo bem, as pessoas querem expressar-se, querem falar com alguém, mas como (possivelmente) esse alguém não as quer ouvir, vão para a rua falarem sozinhas.
Bom, mas tirando a parte do "show", vamos à parte das consequências, que é aquilo que no fundo se quer. Imagine o caro leitor que ia ser despedido injustamente. Tem 3 opções:
  • Falar com a entidade patronal ou com a ACT
  • Fazer greve
  • Fazer uma manifestação
Vou-lhe dar um tempinho para escolher uma e só uma opção...
Já está?
Vamos então ver as consequências de cada uma:
  • Muito possivelmente alguma ação em concreto iria ser tomada em seu benefício se escolhesse "falar". Ou a empresa pagaria multa ou seria obrigada a não o despedir, ou, quiçá, seria invocado o Espírito Santo e ganharia um novo emprego como bispo! Não interessa, certamente resultaria em algo! Parabéns! Foi claramente a escolha acertada!
  • Se optar por fazer greve, muito possivelmente o empregador estar-se-ia a cagar para si... E, como iria ser despedido, este já deveria ter um substituto em mente... Enfim, seria uma perda de tempo, excepto claro, para os sindicatos que têm nas greves a sua atividade principal! Se for sindicalista, (lamento e) parabéns!
  • Se for ousado e optar por fazer uma manifestação, além de provocar uma dor de cabeça a várias entidades, muito possivelmente a única coisa que conseguiria arranjar seria uma página de Facebook de apoio à sua situação com algumas centenas de gostos... Seria famoso por 1 dia... Teria uma experiência incrível (melhor do que as da Odisseias) mas, depois... continuaria tudo igual!
É precisamente neste último ponto que gostaria de me debruçar: porque raio existem manifestações?
Se forem arruadas compreendo, quem assiste, fica impressionado, e poderá votar em quem organizou o espetáculo! Agora, sendo coisas genéricas e etéreas como "paz no mundo" ou "a favor da humanidade" ou "contra o inseticídio dos insetos domésticos" ou "contra o racismo"... a única pergunta é: porquê? Fará realmente alguma diferença??
Meus amigos, se querem mudar algo, têm de falar diretamente com quem tem poder ou com quem é a fonte do problema, entendem? Agir diretamente? Por exemplo, é aquilo que se costuma fazer nas eleições, é uma forma do povo "falar" e "fazer"... Ahhh, ok, já entendi... Muito possivelmente nesse dia estes senhores decidiram ir à praia e agora só lhes resta queixarem-se na rua... pois bem, temos pena. Mas, ainda assim, têm opções! Ainda assim, mesmo sendo meios-cidadãos, sabiam que podem falar diretamente com quem nos governa?? É verdade! Eu sei que é incrível, porque antigamente contactar com o nosso monarca era impossível a não ser que se fosse conde, mas, agora, qualquer deputado ou ministro está contactável! Experimentem enviar-lhes emails ou cartas! Funciona melhor do que podem pensar! E até resulta melhor do que fazer espetáculos de rua! A sério! Bora lá usar as nossas armas reais de cidadão democrático? A proatividade e os ofícios? Pessoal (e Buzz Lightyear), ajudem-me neste grito: mudança a sério... aqui vamos nós!!!