sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Carrinhos de estimação

Popó, meu querido popó. Gosto muito de ti, mas, nem sempre me podes acompanhar, e portanto certas alturas terás de ficar à porta amarrado com a trela, mas bem pertinho!

Bom, este podia ser um pensamento de um qualquer dono de um cão que se chama Popó...mas não, trata-se de um pensamento da maior parte dos condutores. Isto, porque fazem de tudo e mais alguma coisa para terem o seu popó por perto. É incrível! Sempre que um Zeca vai a um café, gosta de parar o carro, por cima do passeio, o mais perto possível do dito cujo, só para que o seu popó não se apaixone por outro condutor. O problema é que se esquece que toda a gente pensa assim, e é portanto comum ver tromboses de trânsito perto de cafés e outros estabelecimentos que pessoas extremamente ocupadas costumam frequentar. Mas se por um lado este é um ato muito queliduxo e fofinho...os mesmos que o praticam são também aquelas vis criaturas que não se importam com a boa saúde dos seus queridos popós. É comum ver muitos maus tratos quando têm de os estacionar. Há zonas com parques de estacionamento, que providenciam casotas para os popós não ficarem expostos às intempéries, mas no entanto estes cromos decidem que é melhor pará-los em zonas onde é proibido estacionar! Isto é o equivalente canino a deixar o cão à porta de casa, à chuva e a ouvir David Carreira. Meu Deus, valia mais ensinar-lhes o conceito de "falecimento".
Mas as situações mais incríveis acontecem quando é necessário largar um passageiro num sítio qualquer... não importa ao certo onde, apenas que seja o mais perto possível desse sítio, mesmo que isso implique parar em cima da passadeira, bloquear o caminho a quem quer atravessar a estrada e a outros popós que querem circular, tudo para as donzelas não terem de pisar em asfalto! Isto é o equivalente canino, a um dono cego obrigar o seu cão-guia a assistir ao espectáculo que dá, no cagatório de um WC, só para que este esteja presente em todos os momentos especiais da sua vida.

Meus amigos, os vossos popós também querem ter a sua vida privada. Devem tratá-los bem, e deixá-los ir a garagens badalhocas, para saberem como é a vida! E se apanharem chumbo? Não interessa! Ao menos viveram!

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