sábado, 29 de março de 2014

Desculpas de merda

No outro dia ouvi uma notícia na rádio que dizia que a crise estava a aumentar o consumo de álcool em Portugal. Ora, é evidente que isto tinha de acontecer... E tenham cuidado, porque não vai ser só o álcool que vai subir ao pódio, a crise vai aumentar o número de compras, de viagens, de venda de produtos de luxo, de cigarros de notas e de saídas à noite!

Exatamente, foi desta vez que os tumores cerebrais começaram a jogar golfe. A única coisa que digo é: deixem-se de merdas. Dizer que alguém se anda a emborcar, não porque é irresponsável ou porque tem uma destilaria intestinal, mas por causa da crise, que o levou a comprar um Ferrari e a pedir empréstimo para tal, ficando endividado e agora que não consegue pagar as despesas decide, coitadinho, gastar mais dinheiro em bebidas na esperança de renovar o baço, é o mesmo que dizer que a culpa do falecimento de um animal que bate as botas num acidente de viação num dia de chuva porque estava a tentar testar as leis de viagem no tempo de Einstein, se deve não ao facto de ser, claro está, cientista, mas sim ao agora criminoso S. Pedro porque ter ligado indevidamente o chuveiro. E atenção, a mesma notícia peidava que os jovens também seguem (como é possível?) os bonitos exemplos que os pais aprenderam desde cedo, enquanto estudavam em cavalariças. Deixo então um apelo aos professores, para não fazerem testes complicados e facilitarem a vida dos piquenos, caso contrário eles vão começar a beber! E os mais corajosos vão cortar os pulsos ou suicidarem-se ao som de David Carreira.

Meus amigos, vamos lá deixar-nos de culpar os nossos egos que estão sob efeito de anfetaminas e assumir responsabilidades, ok? Isto claro, se não formos ex-gestores de bancos.

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