domingo, 1 de fevereiro de 2015

A república dos porquês

Pedem-se explicações a toda a hora para justificar ações não ordinárias, comuns, e eu pergunto porquê? Porque temos de justificar tudo o que escolhemos e fazemos? Saímos mais cedo: porquê? Acordamos mais tarde: porquê? Chegamos mais tarde: porquê? Chegamos mais cedo: porquê? Mas as escolhas mais interessantes, são as que acontecem à mesa...

Pedem vinho, alguém diz que não bebe, e logo perguntam "porquê?". Mas és muçulmano? Foste feito refém por lombrigas jihadistas? És um purista da lei seca não é? Ou será para marcar posição? Hum? Porquê? (E não ficamos por aqui, logo a seguir entramos na fase de aprendiz de Cristo) Olha, eu vou fazer um milagre, tenta beber um bocadito, vais ver que vais gostar, ora prova. Vá anda lá, bebe para depois acreditares no que vais ver a seguir. (E por fim, entramos na fase do confissão do idiota) No início também não gostava de vinho, mas como queria ser grande, após 2 anos a tentar beber, e claro a incinerar as papilas gustativas, finalmente posso dizer que gosto, quer dizer, aprecio. (Até que finalmente acaba o espectáculo, quando a vítima tem de inventar uma desculpa socialmente mais aceitável) Ahm, tenho problemas de saúde, é por isso que não bebo. Ahh bom! E acaba a conversa.

Mas para quê julgamentos à O.J. Simpson? Até parece que é preciso uma boa justificação para não gostar de sumo de uva podre... Que tratamento qual um infiel no meio de Talibans! Não é não, e chega de conversas! Porque caso contrário vão suplicar por explicações que levaram a que os "discípulos" tenham ficado de repente com cara à xadrez, e aí é simples: porquê? Por causa dos porquês!

Mas porque é que escreveste isto hum? Porquê? Mas foi porque porquê por quê? Ou por porquê porque porquê? Hum? Porque é que escreveste isto?

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