domingo, 15 de março de 2015

Salpicos gastronómicos

Salpicos, vingança dos líquidos, snipers aquáticos, chicoteadores babais... têm muitos nomes. Adorados ocasionalmente mas odiados na maior parte das vezes, os salpicos existem, para nos arreliar...

Queria começar por dizer que quem faz sopas aguadas, devia falecer mais cedo. Porquê? Porque é o mesmo que dizer a alguém para visitar o seu jardim, quando este está cheio de minas. São os diabos da culinária! Senão vejamos: imagine o leitor que, está à mesa, eleva cuidadosamente, uma colher contendo uma porção de sopa, quando... uma gota, decide escapar e... esbardalhar-se no prato... originando tamanha cena que, parece que estamos a mudar a fralda a um bebé que ingeriu espinafres embebidos em Dulcolax, e tem um pai que todos os dias lhe conta as maravilhas de ser coronel numa companhia de artilharia. Mas porquê senhores? Até a sopa dos pobres tem mais ingredientes, sem contar com a pedra! Da última vez que verifiquei, a cotação da batata estava abaixo da do petróleo, portanto engrossem as sopas por favor! Todos nós, já fomos vítimas deste tipo de intimidade liquidal, nomeadamente na latrina, pelo que qualquer memória sobre este assunto é traumatizante... basta! A história é ainda mais triste para as vítimas, que são sempre as mesmas: a desgraçada da nossa roupa (que após ficar exposta a sopas deste tipo, parecem pinturas de um surfista esquizofrénico, que pinta com os pés, e com um furão enfiado no rabo).

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