- Ténis: o ténis é provavelmente daqueles desportos que certamente foram inventados por reis. O Conde tenista manda a bola para fora e conta com o escravo apanhador de bolas. O campo é grande, mas ainda assim pequeno demais para os 2 illuminati selecionados. E o público tem de se manter em silêncio enquanto os senhorzinhos jogam, porque têm de estar muito concentrados a mandar bolinhas um para o outro.. Mas pagaram-me para assistir! Ah bom, a única forma de gostar disto..
- Ping-pong: a sério? Bom, ok, vamos considerar que sim, que se trata de um desporto, tal como fazer crochet também o é... No fundo é o mini-ténis para filho de aristocrata jogar no seu quartinho minúsculo de 100 m2.
- Pólo e hipismo: este é simplesmente estúpido... Meter cavalos a fazer o exercício todo, e depois dizer que se praticou desporto, é o mesmo que um ilusionista que pratica magia com assistentes dizer que ele é que fez magia. Ups! Spoilers?
- Todos os desportos motorizados: se o pólo e o hipismo ainda têm uma migalha de desporto, porque pelo menos 1 ser vivo cansa-se, então estar sentadinho num pópó a acelerar e a virar é o cúmulo. Claramente que este se trata de um "desporto" para o riquinho badocha colocar na ficha de saúde da clínica que sim, que pratica desporto, apesar do seu peso planetário se manter na mesma tonelagem há décadas. Ainda assim, tem muitos fãs, e alguns, ainda que com carros plebeus, gostam de o praticar no quotidiano e se possível, falecer a fazer o dito cujo.
- Tiro ao prato: inventado por nobres que não queriam ter trabalho a lavar a loiça, partir pratos e gastar munições do seu exército, parecia algo agradável, nomeadamente se o almoço fosse um piquenique.
- Caça: que melhor desporto para acentuar o quão aristocratas somos, do que andar atrás de animais inocentes com o objectivo de os assassinar? Ora nem mais... A caça! E não se esqueçam, que quanto mais animais tivermos a auxiliar-nos, mais nobre ela é. Com cães estamos ao nível da família real espanhola, com cavalos já vamos para o Mónaco e com elefantes meus amigos, vamos caçar animais em vias de extinção numa colónia qualquer ultramarina! Aii aquele marfim! Calma, pensa em javalis..
- Golfe: certamente que o leitor se perguntou, quando é que este aparecia? Bom, na realidade este desporto em si não tem nada de aristocrata, porque foi inventado por um agricultor que deu um coice numa batata podre, e gostou tanto que a tentou levar à pancada para um buraco de uma toupeira. É simples, barato e não necessita de súbditos. No entanto, pelo caminho, um nobre lá descobriu isto, e começou a inventar tacos e roupas caras e que só se podia praticar em relvados gigantes, mantidos por clubes onde todos os dias se bebe o chá das 5, se fuma charuto e se joga em casinos online como a Euronext.
- Curling: porque uma dona de casa nobre não limpa o pó, pois essa é uma tarefa da criadagem, mas que ainda assim sente o chamamento para as limpezas, não há nada melhor do que participar num campeonato mundial de esfregonas.. Mas lá está, tem de ter público, tem de ser no gelo e tem de ser praticado por "desportistas". Curling! Mais palavras para quê?
sábado, 28 de maio de 2016
Desportos aristocratas
Há desportos cuja filosofia está reservada apenas para alguns. Alguns seres vivos que não estão no grupo do zé povinho, mas sim no nobre grupo dos aristocratas. Ora vejamos:
segunda-feira, 2 de maio de 2016
Crónicas de um migrante interno
Alguns já passaram por isto, mas para quem não teve essa sorte, passo a explicar para os demais, o sofrimento emocional que é, migrar de uma cidade pequena para uma cidade grande. Esta é, a história do migrante interno...
Mudar de casa, implica automaticamente que uma simples deslocação de carro, não seja uma mera viagem, mas sim uma expedição, quase ao nível do Rotel Tours. Há quem alugue sherpas, mas neste caso até se justificaria alugar antes psiquiatras. Bom, mas não fui por aí... Lá fiz a minha expedição com o carro mais cheio que o estômago de um ex-concorrente do Peso Pesado antes de hibernar. Ora, quando cheguei ao destino, percebi claramente o conceito de turismo "vá para fora cá dentro", pois trata-se MESMO de turismo. E não apenas ao nível da língua, que é diferente, mas de algo mais assustador, tal como quando se vai à Índia e se veem indivíduos a tomar banho e a defecar no rio. Bom, não chegou a tanto, mas ainda assim há espécies aterrorizadoras autóctones de salutar. Diria que a principal é o azeiteiro. Aquele animal que intimida e nunca sabemos se nos pode ou não fazer mal, mas, segundo os especialistas só ataca se tiver fome ou for muito provocado. E foi com tal bicho que encarei na primeira vez que andei de transporte público, fiquei petrificado. Nunca pensei ver tantos azeiteiros a comportarem-se como humanos, é como ir ao zoo e ver macacos fora da jaula entre pessoas! Mas o que é isto senhores? (Mais uma vez: Índia!) Alguém chame os tratadores! Depois, ao caminhar pelas ruas tive oportunidade de conhecer outras espécies que, tal como os azeiteiros, estão completamente extintas nas cidades mais pequenas (sim, é mesmo verdade!), chamemos-lhes portanto "exóticas". Espécies exóticas como: o sem-abrigo, o drogado, a prostituta abutre ou o taxista selvagem abundam nas florestas cimentares das grandes cidades. Pelo menos não são mortos por caçadores furtivos, os ambientalistas sempre ficam contentes e os ecossistemas continuam preservados, mas aqui só para nós, não me importava nada que viesse outro dilúvio ou outro cometa e contribuísse para o falecimento destes animalecos.
Mas onde está então o sofrimento emocional? Bom meus amigos, anos depois da minha migração, ainda falo disto!
Mudar de casa, implica automaticamente que uma simples deslocação de carro, não seja uma mera viagem, mas sim uma expedição, quase ao nível do Rotel Tours. Há quem alugue sherpas, mas neste caso até se justificaria alugar antes psiquiatras. Bom, mas não fui por aí... Lá fiz a minha expedição com o carro mais cheio que o estômago de um ex-concorrente do Peso Pesado antes de hibernar. Ora, quando cheguei ao destino, percebi claramente o conceito de turismo "vá para fora cá dentro", pois trata-se MESMO de turismo. E não apenas ao nível da língua, que é diferente, mas de algo mais assustador, tal como quando se vai à Índia e se veem indivíduos a tomar banho e a defecar no rio. Bom, não chegou a tanto, mas ainda assim há espécies aterrorizadoras autóctones de salutar. Diria que a principal é o azeiteiro. Aquele animal que intimida e nunca sabemos se nos pode ou não fazer mal, mas, segundo os especialistas só ataca se tiver fome ou for muito provocado. E foi com tal bicho que encarei na primeira vez que andei de transporte público, fiquei petrificado. Nunca pensei ver tantos azeiteiros a comportarem-se como humanos, é como ir ao zoo e ver macacos fora da jaula entre pessoas! Mas o que é isto senhores? (Mais uma vez: Índia!) Alguém chame os tratadores! Depois, ao caminhar pelas ruas tive oportunidade de conhecer outras espécies que, tal como os azeiteiros, estão completamente extintas nas cidades mais pequenas (sim, é mesmo verdade!), chamemos-lhes portanto "exóticas". Espécies exóticas como: o sem-abrigo, o drogado, a prostituta abutre ou o taxista selvagem abundam nas florestas cimentares das grandes cidades. Pelo menos não são mortos por caçadores furtivos, os ambientalistas sempre ficam contentes e os ecossistemas continuam preservados, mas aqui só para nós, não me importava nada que viesse outro dilúvio ou outro cometa e contribuísse para o falecimento destes animalecos.
Mas onde está então o sofrimento emocional? Bom meus amigos, anos depois da minha migração, ainda falo disto!