sábado, 25 de março de 2017

Joana Matel, Ana Matel, Teresa Matel, Maria Matel, Daniela Matel, Margarida Matel, Liliana Matel, Bárbara Matel, Marisa Matel, ... (e não, este post não foi pago pela Matel!)

Entrar num hospital e ver toda a gente de branco ou azul... é normal. Entrar na prisão e ver gandulos vestidos de laranja e guardas fardados... é normal. Passear na rua e ver todas as raparigas vestidas de igual... é normal? Bom, parece que sim!

Gostava de saber o que se passa nos bastidores, nos fornos onde a moda é forjada. Será que as lojas recusam-se a vender roupas alternativas e não há muita escolha? Hmm.. não me parece... Da última vez que fui a uma loja (mista), a secção masculina resumia-se à ilha do Corvo no meio da imensidão do Atlântico, e ainda assim, tinha mais variedade do que um restaurante chinês. Daí que certamente havia muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuita roupa feminina para escolher. Será que há falta de personalidade? Bom, os nomes e os sobrenomes das mulheres não são todos iguais, portanto acredito que.. hmm... foram dados pelos pais... não vamos por aí...
Ok, então porque raio de cada vez que saio à rua, parece que uma fábrica de bonecas que labora por ali perto, rebentou? E o pior é que em vez de Barbies ou Nancys são clones de Lady Gagas desenhadas na China! São todas, todas, todas iguais! Mesma marca e mesmo modelo! Até as metaleiras e as hippies, que eram fabricadas por empresas unipessoais das novas oportunidades, estão em vias de extinção! (Ok... agora, sinto-me como um soldado do Greenpeace que se debate por proteger o bandalhão do tubarão branco que lhe petiscou a perna...) Voltem tribos (femininas) urbanas! Pelo menos no vosso tempo as coisas tinham algum interesse, tal como uma salada com sementes ou com tomates-bolota.

Meninas, vamos ser originais? Hein? Ter estilo próprio é uma coisa bonita! Vejam o caso dos homens: são todos diferentes e alguns conhecem-se apenas pelo estilo. Toda a gente sabe quem é o Zé-das-calças-pretas ou o Maneli-vagabundo ou o Gato das Botas!
Termino com a lição do dia: já pensaram no que seriam os produtos de marca branca Continente se, para além de não serem cancerígenos, viessem em embalagens iguais? Ninguém os comprava!

domingo, 12 de março de 2017

Peixe amanhado ou não amanhado?

Quem diria que ir ao supermercado se poderia transformar numa experiência da quinta dimensão? Pois bem, é possível!
Tendo em conta que testemunhei isto no Porto, seria de pensar que tal acontecimento estaria ligado ao avistamento de azeiteiros - a espécie assustadora autóctone - mas não..

Imagine o caro leitor, que pretende comprar peixe, e tem de fazer uma escolha, que à partida é bem simples: retirar uma senha que diz "peixe amanhado" ou uma senha que diz "peixe não amanhado". Tendo em conta que amanhado significa preparado, e que se encontra no particípio passado, ou seja, que já aconteceu, se pretender peixe já preparado, irá então retirar a senha de peixe (já) amanhado. É simples, e resolvemos um quebra-cabeças de classe Trump! No entanto, apercebi-me que aparentemente estamos na 5ª dimensão, ou no país das maravilhas, ou no bazar da psiquiatria do Magalhães Lemos... Pois, os funcionários iriam recusar-se a atendê-lo! E não é por estar bem vestido, mas simplesmente porque deveria ter retirado a senha contrária ao que queria. O quê? Sim senhor! Aparentemente, se quiser peixe já preparado, terá de retirar a senha de "peixe não amanhado". Porquê? Ora aí está uma boa questão!
Para quem não frequentou o ensino básico, passo então a fazer uma sugestão: os nomes das senhas devem reflectir o que irá acontecer ou o resultado do que já aconteceu. Por exemplo: ao retirar uma senha para "hipermercado para esquecer" ou "hipermercado esquecido", significa que nunca mais lá irei. Pergunto-me o que fará um funcionário do Jumbo que viaja de avião e traz consigo uma importação? Será que passa no corredor "nada a declarar"? Pois eu acho que sim.. e a discussão do bom português com o SEF seria algo que adoraria ver.
Para concluir deixo um desafio para os senhores do dito hipermercado do elefante que inventaram esta disenteria linguística: no mundo real, o que significará "eu fiquei fo%%do com isto"?