domingo, 22 de abril de 2018

Diversão noturna: antes e depois

Eu invejo a qualidade de vida que os nossos pais e avós tiveram, no que diz respeito à diversão noturna... Vamos beber...quer dizer... saber porquê?

Estamos nos anos 20, vamos sair, mas para onde? Há muito por onde escolher! Podemos começar por um bar, perdão, um clube, onde bebemos um copo ou dançamos ao som de uma big band, música de qualidade! Se esperarmos mais um pouco, podemos até assistir a um bocadinho de burlesco! Avançando mais uns anitos, temos outras alternativas como ouvir rock and roll ao vivo ou até dançar ao som de disco ou ritmos latinos. Mais? Bom, temos o cinema drive-in, cafés aristocratas onde a própria cocaína é servida ao lado de caviar, ou o parque de diversões "rua", que proporciona desafios surpreendentes como o "não saber se chego vivo a casa" (haja emoção!).
Agora, estamos no século XXI, vamos sair à noite... temos muuuuito por onde escolher, certo? Claro, desde que seja uma gruta escura com música de construção civil ou uma cave grotesca que passa música feita por um pedreiro com gonorreia, acompanhada por pequenas explosões luminosas que rebentam com as córneas. E no fim, ainda temos direito a experiências de perto-de-falecimento se a guarda real... quer dizer... se os seguranças, se passarem!

Ainda que passemos de grandes vestidos com armações de Empire State Building para calções curtinhos e tops caninos... percebo que tal simplificação se justifique.. agora, reduzir coisas diversificadas e de qualidade a danças de boneca hula hula em garagens ao som de uma orquestra em loop dirigida por um dedo de um indivíduo que se diz músico e que apenas carrega no play.. santo deus, o mundo está cada vez mais pobre! O problema não são apenas as alterações climáticas, mas também as alterações de palato social.

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