domingo, 29 de julho de 2018

Azeitofobia

É verdade, admito, sou azeitófobo. Mas atenção indivíduos que se chocam facilmente e que têm preconceito contra quem tem preconceito... é preciso perceber exatamente do que estamos a falar! Fobia, é ter medo de, e não odiar! Portanto, um xenófobo tem medo de estranhos... Algo que, por exemplo, não será de estranhar quando vemos ciganos a tomar banho na rua ou a defecar, ou seja, é assustador.

Azeitofobia consiste em ter medo de azeitolas ou azeiteiros. E porquê? O que fazem? Quem são?
Bom, o azeiteiro é uma espécie autóctone do Norte de Portugal, e que infelizmente não está em vias de extinção, em grande medida porque a sua reprodução é equiparada a um canil municipal. Normalmente são animais de ação, pelo que as palavras são cuspidas pelas mãos e pelos pés, e, raramente pela boca; quando tal acontece, fazem-no num dialeto especial que apenas tem 5 palavras. Surpreendentemente nunca estão desempregados, sendo que as profissões de eleição são: técnico de assalto a bancos, consultor de insegurança pessoal, piloto ilegal de circuito urbano e cobrador de neo-finanças pessoais. Para além da farda característica, que mais parecem hamsters que recentemente se tornaram humanos, gostam de carros barulhentos e mal cheirosos, e, optam sempre por circular apenas em primeira ou em segunda à velocidade incrível de 70 à hora, talvez por desconhecerem o que vem a seguir ao número 2. Pois bem meus senhores, podem ir até à quinta! E já agora, ao fim de algum tempo o filtro do escape tem de ser substituído, ok? É que isto de andar com o carro a escagaçar-se, não só é badalhoco, como não é nada (mas mesmo NADA) cool. É mais cool andar de biga puxada por um cavalo com disenteria, ou num carro dos Flintstones, do que nas merdas dos tunings em que os azeitolas andam!
Quando um humano se depara com um azeiteiro, deve evitar o contacto visual (não só porque irá ser considerado como uma ameaça, como também porque o estilo abominável do animal pode fazer com que neurónios sejam obrigados a cometer suicídio), não deve praguejar (por mais tentador que seja) nem fugir virando as costas (mesmo que esteja vestido à streetwear!). A solução é ter sempre uma caneta à mão e desenhar tatuagens em tudo o que é sítio, para que assim o azeiteiro reconheça que está perante um ousadão, algo que muito admiram e respeitam.

Ah... enfim, são razões mais do que suficientes para qualquer um temer cruzar-se com um azeiteiro, seja a pé ou de carro.

Sem comentários:

Enviar um comentário