domingo, 23 de setembro de 2018

A vida difícil de um mero homem

Muito se fala no quão desigual é a vida de uma mulher quando comparada com a de um homem. Bom, todos sabemos que essa desigualdade apenas assenta em 2 ou 3 pontitos cada vez mais irrelevantes. Mas o que ninguém fala, é o quão sofrida é a vida de um homem quando comparada com a de uma mulher.
Elas não sabem, nem fazem ideia daquilo por que passamos, vamos então explicar-lhes:

  • Em busca da indumentária perdida: para um homem, comprar umas simples calças ou uns meros sapatos, significa embarcar numa aventura ao nível do Indiana Jones, só que em vez de um tesouro, procuramos apenas algo para vestir! Certamente que já repararam que nas grandes lojas de calçado ou de roupa, cerca de 99% do espaço, é inteiramente dedicado às mulheres, restando 0.9% para crianças, e finalmente, 0.1% para os homens! Bom, pelo menos há sempre algo, nem que seja um sapato para o pé esquerdo numa caixa. Para complicar, destes 0.1%, apenas existem entre 1 a 2 variedades diferentes de coisas. Portanto normalmente a escolha está entre calças chunga da coleção bandalho de rua, e calças meia-calça da coleção rapper dos anos 90. Coisa que obviamente indivíduos com bom gosto nunca comprariam. Felizmente há lojas dedicadas apenas aos homens normais, mas, quem já as viu, diz que estão nas traseiras de quiosques...
  • O terror dos cabeleireiros: os barbeiros estão em vias de extinção, e portanto para muitos resta o sacrifício de recorrer a um salão de cabeleireiro. Ora, para além de um homem se ver de repente rodeado de 10 mulheres profissionais (também conhecidas como donas de casa desesperadas), e ser o único no meio destes seres estranhos, tem de aguentar 1h de espera por cabeça (que é o tempo mínimo que um penteado feminino demora a ser insuflado), ouvir conversas interessantíssimas e corriqueiras, e ainda ter o desprazer de ler o único tipo de leitura disponível, que são as revistas cor-de-rosa. Minhas amigas, tenho a dizer-vos que o número de suicídios masculinos está diretamente ligado à substituição de barbeiros por cabeleireiros. É um caso sério. Só tenho um pedido: donos destes estabelecimentos, pelo menos coloquem na porta "unissexo".. só mesmo para não ser tão assustador.
  • Visitar a praia só com Prozac: a moda de fatos de banho femininos, tem ficado cada vez mais ousada, o que significa que circular livremente numa praia sem efeitos secundários está cada vez mais difícil. Eu sei que a desculpa que os estilistas usam, é a de que quanto mais se vê, mais regiões do corpo são bronzeadas.. embora nunca tenha percebido qual o objetivo de bronzear as nádegas? Sendo coisas supostamente privadas, porquê? Será que é exigência de certas e determinadas profissões? Enfim... Regressando ao tema, atualmente, só ingerindo um calmante para cavalo é que um homem normal consegue passear descansado na praia.
  • Cavalheirismo policial: apesar de cada vez mais feministas, há algo do qual elas não querem abdicar, falo claro do conveniente e agradável cavalheirismo. O pior, é que se um homem não abre a porta a todas as mulheres que vê, é trespassado com olhares capazes de lhe provocar um ataque cardíaco. Ora, isto significa que vivemos numa ditadura cavalheirista. E qual o problema? É que num local onde a maioria das pessoas são mulheres, um homem é obrigado a tornar-se num mordomo-escravo (isento de qualquer fantasia sexual!).
  • Sherlock, Einstein e encantador de cavalos, tudo em um: num dia normal, todos os homens têm de se esforçar por ser pelo menos estes 3 indivíduos ao mesmo tempo, há quem consiga ser mais, mas estes são os requisitos mínimos. E porquê? Bom, porque metade do mundo... as mulheres... falam numa língua tal, que apenas os mais inteligentes conseguem decifrar. Também sabem falar em humano, mas só para complicar, estes seres optam por criar puzzles e desafios (alguns mortais!), tudo para transmitirem ideias tão corriqueiras como "não te esqueças de comprar leite" ou "empresta-me o teu casaco". Tal como o uso exagerado e imbecil que as novelas fazem de músicas épicas, que normalmente remetem para cataclismos globais ou perseguições vertiginosas... em cenas de "sou o teu irmão" ou "ela tem uma amante"... Enfim...
É ou não é difícil ser homem neste mundo? Haja alguém que se revolte, bolas!

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