sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Cataclismos Alimentares

Hoje assisti a algo que me deixou perplexo... Atenção, antes de continuar, devo dizer que quem tem o palato ou o estômago mais sensível, deve de imediato parar de ler este texto. Bom, imagine o leitor, que vi, empratarem bacalhau com natas e... arroz! Mas que barbárie é esta, senhores?

É certo que algumas pessoas já passaram pela "fase do estudante", em que saíram da casa dos papás sem saberem cozinhar (entre outras coisas), e quando o desenrascanço apertava, recorriam àquelas receitas que nem um doente mental se lembraria de fazer, como atum (de conserva) com massa, ou omelete de atum (de conserva), ou... ai... eu... peço desculpa, não aguento mais... Chega de exemplos horríveis, porque já deu para entender, certo?
Ora bem, agora diga o caro leitor se isto, se estas "receitas", tanto pelo gosto como pela junção entulhada duns ingredientes quaisquer que se encontram na despensa, se são dignas sequer de serem confecionadas? Porventura existe omelete de ração militar ou pizza de Nestum ou bifes à Compaleira? Não, pois não? Porquê? Porque (felizmente) ninguém se lembrou de tal coisa, e se se lembrasse, seria de noite enquanto tinha pesadelos disléxicos, ou... claro, atualmente, seria algo que um youtuber (o Tom Green tuga e cabeça de coco, que faz tudo por atenção, inclusive vender os seus dois fígados) faria para alimentar (passo a redundância) o seu canal...
Portanto, que ideia, teve esta gente em juntar arroz, ao já de si solo bacalhau com natas? Mesmo tendo uma cultura gastronómica inferior à de um humano normal, ou até, à de um indivíduo que pensa que ir ao Burger King é romântico, qualquer um tem a noção de que há ingredientes que NUNCA, mas NUNCA se devem misturar. Este tipo de cataclismos alimentares, nem que estivéssemos numa de The Walking Dead ninguém comeria! Aliás, nem uma criança esfomeada do Sudão do Sul se atreveria a ingerir tais atrozes criações!! Até os animais domésticos se recusariam!

Não existe uma regra de ouro que seja fácil de seguir, mas, se só de pensar no casamento de certos ingredientes o estômago quiser expelir o seu conteúdo, então é um bom indicador de que aquilo que pretendem fazer é um grande NÃO! Olhem... afinal até existe, e é bem simples.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Acidentes... porquê??

A definição de acidente remete-nos para o mundo do Euromilhões, para o "à procura de uma miúda jeitosa solteira", para um mundo só com carros movidos a energia não fóssil... ou seja, para uma probabilidade extremamente baixa... para uma casualidade... para um imprevisto. Para algo que se acontecesse 1 vez na nossa vida, já era muito! Ainda assim, este ano morreram mais pessoas que dias tem o ano, já para não falar do número de acidentes (com e sem feridos), que deve ser maior do que toda a colónia de mosquitos do mundo! Enfim, ao ligar o rádio de manhã, sabemos que não há dia, sem pelo menos a porra da um acidente! E porquê, senhores? Porquê?? Bom, eu tenho umas teorias...

  • O ministro/empresário: quem nunca viu BMWs ou Mercedes a circular a 200 Km/h e a nunca usarem os piscas? Pois bem, certamente serão ministros que têm reuniões importantíssimas, ou empresários que já se esqueceram do que são as boas maneiras. Isto porque, fazer pisca é considerado como uma submissão social, tal como pedir "por favor" ou agradecer, e um bandalho... perdão, um empreendedor, no árduo e selvático mundo dos negócios, não pode ter falinhas mansas, e como tal, esta atitude passa também para as quatro rodas.
    • Problema: mais semana ou menos semana, com certeza terão um acidente envolvendo 4 ou 5 inocentes.
    • Solução: deixem de ser parvalhões e respeitem não só o código, como os outros. Se não for muito inconveniente, claro!
    • Solução real: felizmente têm dinheiro para cobrir todas as multas, despesas hospitalares e um carro substituto; e até para pagar entrada no paraíso!
  • O expedicionário: quando chove, ou quando estamos na época das férias, pergunto-me porque raio o tráfego aumenta em 50%. Pois bem, isto acontece porque há pessoas que habitualmente andam a pé ou de transportes públicos, contudo, uma a duas vezes por ano, conduzem, e fazem a sua expedição!
    • Problema: não é uma viagem, mas sim uma expedição, porque é arriscada. Não cabe na cabeça de um indivíduo com um simples brevet da aviação, que só pilota 1 vez por ano o seu Cessna, de repente fazer uma viagem intercontinental de 16 horas num Boeing. Então, também não deveria ser admissível, nos poucos dias por ano em que se conduz, fazê-lo por causa de uma tempestade, ou, durante 8 horas seguidas!
    • Solução: não mudar os hábitos.
    • Solução real 1: ganhar experiência e conduzir pelo menos 1 vez por semana.
    • Solução real 2: deixar a condução para quem sabe (e é experiente!).
  • O piloto: há indivíduos que pensam que por terem o escape roto, ou o carro modificado por um designer com Parkinson que já podem concorrer no WRC ou no Dakar. E pior, que todos os dias que saem da garagem estão numa prova automobilística. Pois bem, tenho novidades caros idiotas: não são. Vossemecês são condutores normais, tal como TODOS os outros... vá lá, com um punhado de neurónios a menos.
    • Problema: Portugal não é a França nem a Itália, cujas estradas são piores que o Texas do século XIX, e todos os anos os nossos emigrantes nos relembram disso.
    • Solução: basta aprender a conduzir e a ter bons gostos (e quiçá, mais tarde, gostos requintados).
    • Solução real: vamos continuar a confirmar as estatísticas da esperança média de vida destes indivíduos que deve estar por volta de... alguns dias.
  • O Mr. Magoo: não ver bem ou ter reação lenta, apesar de não ser necessariamente algo mau, é péssimo quando conduzimos. Isto significa que estes indivíduos não vão provocar acidentes de falecimento, mas vão provocar aqueles acidentes chatos que bloqueiam uma autoestrada inteira, só porque os sinistrados se esquecem que, se do acidente não resultarem feridos os veículos devem ser removidos imediatamente da via! Mas bom, já bateram!
    • Problema: estamos a falar do quê? Onde estou? O que é isto?
    • Solução: basta que o médico robô de família não aprove a renovação da carta.
    • Solução real: os acidentes com veículos Aixam vão aumentar.
E é isto, removendo estes 4 tipos de condutores problemáticos, penso que nunca teríamos acidentes em Portugal!!
Vamos mudar isto compatriotas? Não custa nada... (pois não... ?)