De todas as figuras de autoridade, apenas uma e só uma (muito convenientemente) resistiu aos tempos: a do juiz. Professores, polícias, militares, pais, se antes já estavam em vias de extinção, ao virar a década, deixaram simplesmente de existir. E eu pergunto: porquê?
Eu sei que vestir cobertores pretos, ostentar perucas do século XVIII e mandar no destino legal de um cidadão - no fundo, ter mais poder que um rei, um presidente da república e a Inquisição juntos - é tentador demais para partilhar, mas ajudar os outros colegas de autoridade a irem ao fundo, é simplesmente triste e mesquinho.
Antigamente, ser pai era educar. Atualmente, ser pai é assistir ao crescimento dos filhos, na bancada, porque um pé em falso e - o juiz - tira a custódia! E depois (erradamente), confiamos na escola para os educar, sabem o que são os Lusíadas, mas não sabem que não respeitar o próximo é o mesmo que defecar com o rabo para cima num dia de disenteria (aliás, nem sequer sabem o que raio isso é)!
Antigamente tinha medo dos polícias, podia ser do pós-25 de Abril, mas pelo menos era sinal de respeito pela autoridade! Atualmente o polícia (mesmo o municipal) é um indivíduo... vestido de polícia. As gerações mais novas até respeitam mais os strippers vestidos de polícia do que a própria polícia. Veja só, caro leitor, ao que assisti no outro dia: uma nortenha implicou com um polícia por impedi-la de prosseguir com o seu carrinho para o meio de uma prova de ciclismo... Talvez fosse mãe de algum ciclista? Mas não, talvez fosse mãe, mas de um bandalho, que é o que todos somos se não respeitarmos a autoridade. Ahh... tenho pena do marido do raio da mulher. Se a polícia para o transito, é porque se calhar deve estar parado. Se detém alguém porque roubou ou agrediu, é porque se calhar é um bandalho que deve ir preso. Porquê condenar os polícias por fazerem o seu trabalho?
Antigamente, ser professor era ensinar, mesmo que isso implicasse mão firme. Atualmente, ser professor é ser entertainer. Isto porque os alunos têm direitos, e ai do professor que berre a um aluninho coitadinho que é processado! Já um aluno que berre a um professor, na pior das hipóteses leva falta! Uiiii, que medo!!
O mundo estará mesmo do avesso, ou serão os juízes (e agora também o ministério público) deficientes mentais?
Não, eu acho que não são. Simplesmente não querem concorrência no mundo das "autoridades"! Haja alguém com poder para balancear a justiça...? Hein...? (Cigarras a cantar) Alguém? (Cigarras continuam a cantar) Bolas!
terça-feira, 16 de julho de 2019
quinta-feira, 4 de julho de 2019
A Abominação d'O Macaco Bêbedo (que) foi à Ópera
Mas que raio é isto?? Pois, exatamente, foi precisamente o que eu pensei... Bom, começarei pelo início: trata-se de um novo (diga-se) livro, de um tal senhor Afonso Cruz que escreve sobre como o álcool revolucionou toda a evolução do Homem... Eu sei, eu sei, parecem antíteses atrás de antíteses, e... realmente são!
Sugiro que antes de prosseguir, o leitor prove um pouco da dita cuja obra, a qual está disponível aqui.
Já leu? Agora entende que para além do Sr. Afonso Cruz ser produtor de cerveja - e como é mais que óbvio, adorar tudo o que diga respeito a álcool - também terá escrito a sua maravilhosa teoria com uma taxa de alcoolemia constante de 3g/l... no mínimo!
Bom, como não sou crítico literário, não vou remexer no lamaçal textual do senhor, até porque receio ter um ataque epiléptico por ter de reler e parafrasear tamanha barbárie, que diga-se de passagem, foi dos textos mais grotescos que li até então! E porquê? Bom, imagine o caro leitor que o Sr. Afonso considera que o odor a álcool é sinal de açúcar em abundância, pelo que os animais se sentem atraídos pelo mesmo! Caro amigo, os únicos animais que gostam do cheiro a álcool, que é definição de "podridão", são as nossas amigas moscas, que por acaso também adoram o cheiro a merda! É óbvio que ambos os odores estão relacionados, porque estamos a falar de coisas putrefactas, ou seja, que NÃO SE DEVEM INGERIR porque na melhor das hipóteses, levam ao vómito, e na pior, ao falecimento. É precisamente isso que o meu cérebro de indivíduo abstémio me grita de cada vez que cheiro álcool, daí, não o beber.
Mas se o objetivo é inventar uma teoria grotesca, incientífica e altamente improvável para explicar a invenção do álcool, então eu dou-lhe uma Sr. Afonso: certo dia, um caçador-coletor viu-se preso no meio de uma glaciação, assustado e com fome, dirigiu-se à despensa, mas as suas reservas de fruta apodreceram; como não queria morrer à fome, olhe, lá teve de consumir aquela porcaria; mais tarde notou também que nenhum animal perigoso se aproximava da sua gruta, dado o tamanho odor; assim, tornou-se padrão para todos os Neandertais terem pequenas reserva de fruta podre nas suas grutas just in case, a quais gozavam de elevados prazos de validade, dado já estarem estragadas! Hein? É uma teoria bonita (e bem melhor que a sua), não?
Numa nota mais séria, vamos se calhar apontar a agulha das teorias para o simples facto de, tal como as comidas salgadas, fumadas, secas ou os doces, o álcool ter sido inventado por necessidade de conservar líquido. Imagine-se o que seria fazer viagens de meses com água em pipas (a qual criaria colónias intergaláticas de germes) ou água do mar... era complicado... portanto, sendo que o vinho ou a cerveja se conservam durante anos, porque não usar bebidas alcoólicas em expedições? Era portanto por necessidade, senhores! Nada mais que isso, lamento dizer, mas o álcool foi inventado como um mal menor, para evitar o falecimento, tal como a porcaria das rações dos astronautas ou dos militares!
É óbvio que nos dias que correm, com a alta tecnologia que as embalagens e as latas nos trouxeram em termos de conservação, o álcool só faz sentido em ambiente hospitalar, tal como as monarquias, mas isso, já é outra conversa...
PS: o dito cujo texto do Sr. Afonso, ainda refere que as mamas das senhoras são "rabos frontais", não fosse o homem fartar-se de ver as mulheres de frente. (Juro que fiz facepalm por 5 minutos seguidos... Agora aguardo que o leitor deixe de ficar chocado...) Aiiii... meu Deus... rogai por todas as almas que tiverem de ler este livro...
Sugiro que antes de prosseguir, o leitor prove um pouco da dita cuja obra, a qual está disponível aqui.
Já leu? Agora entende que para além do Sr. Afonso Cruz ser produtor de cerveja - e como é mais que óbvio, adorar tudo o que diga respeito a álcool - também terá escrito a sua maravilhosa teoria com uma taxa de alcoolemia constante de 3g/l... no mínimo!
Bom, como não sou crítico literário, não vou remexer no lamaçal textual do senhor, até porque receio ter um ataque epiléptico por ter de reler e parafrasear tamanha barbárie, que diga-se de passagem, foi dos textos mais grotescos que li até então! E porquê? Bom, imagine o caro leitor que o Sr. Afonso considera que o odor a álcool é sinal de açúcar em abundância, pelo que os animais se sentem atraídos pelo mesmo! Caro amigo, os únicos animais que gostam do cheiro a álcool, que é definição de "podridão", são as nossas amigas moscas, que por acaso também adoram o cheiro a merda! É óbvio que ambos os odores estão relacionados, porque estamos a falar de coisas putrefactas, ou seja, que NÃO SE DEVEM INGERIR porque na melhor das hipóteses, levam ao vómito, e na pior, ao falecimento. É precisamente isso que o meu cérebro de indivíduo abstémio me grita de cada vez que cheiro álcool, daí, não o beber.
Mas se o objetivo é inventar uma teoria grotesca, incientífica e altamente improvável para explicar a invenção do álcool, então eu dou-lhe uma Sr. Afonso: certo dia, um caçador-coletor viu-se preso no meio de uma glaciação, assustado e com fome, dirigiu-se à despensa, mas as suas reservas de fruta apodreceram; como não queria morrer à fome, olhe, lá teve de consumir aquela porcaria; mais tarde notou também que nenhum animal perigoso se aproximava da sua gruta, dado o tamanho odor; assim, tornou-se padrão para todos os Neandertais terem pequenas reserva de fruta podre nas suas grutas just in case, a quais gozavam de elevados prazos de validade, dado já estarem estragadas! Hein? É uma teoria bonita (e bem melhor que a sua), não?
Numa nota mais séria, vamos se calhar apontar a agulha das teorias para o simples facto de, tal como as comidas salgadas, fumadas, secas ou os doces, o álcool ter sido inventado por necessidade de conservar líquido. Imagine-se o que seria fazer viagens de meses com água em pipas (a qual criaria colónias intergaláticas de germes) ou água do mar... era complicado... portanto, sendo que o vinho ou a cerveja se conservam durante anos, porque não usar bebidas alcoólicas em expedições? Era portanto por necessidade, senhores! Nada mais que isso, lamento dizer, mas o álcool foi inventado como um mal menor, para evitar o falecimento, tal como a porcaria das rações dos astronautas ou dos militares!
É óbvio que nos dias que correm, com a alta tecnologia que as embalagens e as latas nos trouxeram em termos de conservação, o álcool só faz sentido em ambiente hospitalar, tal como as monarquias, mas isso, já é outra conversa...
PS: o dito cujo texto do Sr. Afonso, ainda refere que as mamas das senhoras são "rabos frontais", não fosse o homem fartar-se de ver as mulheres de frente. (Juro que fiz facepalm por 5 minutos seguidos... Agora aguardo que o leitor deixe de ficar chocado...) Aiiii... meu Deus... rogai por todas as almas que tiverem de ler este livro...