quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Acessórios para upgrade de uma mulher

Sejam bem-vindos às instruções para fazerem o upgrade de uma mulher de acordo com os padrões ISOestáNaModa. Vamos então saber como?

  1. Unhas de gel: sabe-se lá porquê, é necessário meter unhas gigantes em cima das unhas naturais. Porquê? Não sei! Não é algo bonito de se ver, é mais feio do que a imagem que o Volverine transmite. Não são práticas, de cada vez que é necessário usar um teclado, um telemóvel, ou QUALQUER COISA parece que sofrem de artrite e lepra ao mesmo tempo e correm o risco de vazar uma vista. Portanto, se nem são bonitas nem práticas, porque é que raio as usam?? Porque coiso...
  2. Argola bovina: já por aqui falei nisto, não me vou alongar, mas não esquecer esta argola incomodativa e esteticamente feia. Qual a ideia de terem uma argola bovina no nariz?? Calma... não vale a pena...
  3. Pestanas postiças: porquê? Outro grande porquê?? Garanto-vos que se o objetivo é garantir dispersão de areia durante uma tempestade de areia, não resulta, e também não conseguiriam usar óculos de proteção porque as pestanonas bateriam nas lentes dos mesmos! Seria como um paraquedista ter de entrar num Aixam com o equipamento completo! Mas ok, dizem que tem de ser, porque não?
  4. Extensões: extensões para cabelo, uma forma chique e discreta de peruca. Bem, se forem carecas não digo que não, agora ter cabelo e ainda meterem mais cabelo ao mesmo tempo que depilam outras partes do corpo? Há aqui algo que não faz muito sentido, não é?
  5. Saltos altos: sabe-se lá porquê, é necessário vestir os pés, porque nus seriam sensuais demais, com uns sapatos especiais de salto alto. Porquê? Não sei! Não é bonito de se ver, parece que está ali algo a mais que de facto está. Não são práticos, parece que estão a assassinar tamancos com cancro de cada vez que têm de dar alguns passos e, para além disso, para além de exigir equilíbrio ao nível do Cirque du Soleil também faz mal à saúde, dizem que amolanca a coluna! São muito irritantes, os vizinhos que o digam! Ah, é para realçar a perna e não sei quê... não... as pernas ficam mais realçadas se os pés estiverem direitos! Comparem as tenistas com as strippers, quem é que tem melhores pernas? Ah pois é!
  6. Vestidos frescos e reveladores: não sei quem teve a ideia de vestir o ser mais friorento e envergonhado de todos com os vestidos mais frescos e curtos possíveis, mas, assim é. Está na hora da vestir a mulher com um vestido que a deixará desconfortável no inverno e exigirá que se torne uma alemã, ao consumir gás natural à fartazana 24 por 24 horas, para manter a casa a uma temperatura aceitável de 30º C, e que no verão exigirá casaquinhos para combater as micro-correntes de ar mortais que nunca deixaram ninguém doente. Depois, claro, terá de lidar com o facto de ser impossível não olhar para o decote ou para as pernas e ela ficar chateada com isso apesar de o ter planeado ao pormenor.
  7. Micro-carteiras: não esquecer uma micro-carteira que não tem espaço para nada e não se consegue levar noutro sítio que não na mão. Para que serve então uma carteira que não leva nada e tem de andar sempre com a mulher quando podia, simplesmente, levar... nada? Ninguém sabe!
  8. Código de barras: mais conhecido como tatuagem. A razão do seu uso num produto que não se vende em supermercados é desconhecida, mas como todos os produtos o têm, acaba por ser essencial, sabe-se lá porquê. Mas atenção, não pode ser grande demais senão dá a entender que pertencem a algum cartel! E também tem de ser permanente, apesar de ninguém querer chegar à idade da reforma com ela... o que ainda torna a coisa mais esquisita!
  9. Lacre de segurança: atualmente já não se usa muito, porque, aparentemente, a deflação da mulher fez decrescer o seu próprio preço no mercado, e portanto não vale a pena, mas algumas podem trazer um lacre de segurança na zona do umbigo! Lembram-se? Daqueles piercings no umbigo? Felizmente, os ditos cujos, não são permanentes! (Porque tinham de se remover logo que a mulher fosse vendida... ou então não!)

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

A autoextinção da humanidade

Ao contrário do que se possa pensar, não serão as alterações climáticas as grandes responsáveis pela nossa autoextinção, mas sim o hedonismo desenfreado e exacerbado. O quê? Como assim? Que raio é isso? Estava a ver que não perguntavam! Bem...

Não é por acaso que a malta jovem está a assentar mais tarde, a casar mais tarde, a sair de casa dos papás mais tarde e a ter filhos mais tarde. Até aqui, até se compreende, porque na época medieval a esperança média de vida era de 30 anos, portanto convinha casar aos 14, ter filhos aos 16, para entrar na reforma aos 28 e esperar falecer com um machado viking na cabeça ou de gripe ou de tédio aos 30. Seriam 14 anos de "diversão", 12 de "adulto" e 2 de reforma; nada mau para quem tinha de viver num mundo em que quem governava era um rei só porque sim e toda a gente tinha de lhe obedecer só porque tinha multicornos na cabeça com rubis! Como as notícias demoram a chegar a alguns, ainda hoje há quem decida viver nos mesmos trâmites, mas asseguro-vos, agora as coisas estão um bocadinho diferentes, a esperança média de vida são 80 anos! Conseguimos casar aos 38 e ter filhos aos 40, para que no total sejam 38 anos de "diversão", 32 de "adulto" e 10 de reforma. Parece-me um bom plano! Daí que já se pense (e bem) em considerar o final da juventude aos 40! Vitória para o Peter Pan!

Ok, então qual o problema disto tudo? É que há quem vá longe demais e decida não querer ter filhos!! Sim, há mulheres que não querem NUNCA ter filhos. Nem sequer adiam a decisão para mais tarde, nem sequer pensam em congelar óvulos "just in case", não, não querem mesmo nunca ter filhos! Bem, eu entendo o susto que é engravidar e dar à luz para quem viu os filmes do Alien, não sou mulher, mas a vagina em conjunção com o ventre são deveras mesmo muito assustadores! Para os homens também compreendo, em parte, mas deixo a nota que dá MUITO mais trabalho aturar uma mulher do que um bebé!
É que, bolas, estão a falar em, não só, mandarem a vossa família toda pró caráculo, não deixando qualquer descendência, como também estão a contribuir para a extinção da vossa (e nossa) espécie! Não querer ter filhos é como não querer ser dador de órgãos: para além de egoísta, não se faz! É como ter um carro aprisionado na garagem: estarmos a pagar impostos, os componentes vão-se estragando, e no dia em que quisermos usá-lo e aventureiramente viajamos para o Algarve, ouvindo muitas buzinadelas ao longo da viagem, e ele rebenta a meio do caminho! (Sim, estas são as explicações do porquê de nas férias o número de maus condutores e de avarias aumentarem) Ah, mas já há pessoas a mais, o planeta está a ficar sem recursos! Não nos preocupemos com os outros! Se um africano quiser ter um regimento de guerrilheiros para declarar independência à sua quinta ou um chinês usar métodos contracetivos (chineses [que não resultam]), é problema deles! Nós, tugas, estamos em vias de extinção! No interior do país só há velhotes! Quando eles se forem, aldeias inteiras vão ficar como os cenários do Star Wars na Tunísia e do Senhor dos Anéis na Nova Zelândia: em ruínas! É esta merda que querem para o vosso país e para as vossas famílias?? Reparem, lá atrás, eu considerei ser "adulto" como estar casado com filhos, porque não podemos andar a divertirmo-nos toda a vida feitos Rolling Stones! Aliás, até eles tiveram filhos, catano! Eu sei, os bares, as agências de viagem e as farmacêuticas agradecem, é verdade... mas não quererem fazer a ponta de um corno durante 60 anos??! Valha-me minha Nossa Senhora!!

terça-feira, 9 de agosto de 2022

Cidades grandes vs cidades pequenas

Há uma coisa que ainda não entendi: porque é que as ruais mais cinemáticas do Porto e Lisboa estão todas esburacadas e pintadas com cocó de gaivota? E sim, aqui e acolá também se observam alguns vendedores ambulantes de cocaína mas, isso agora não interessa. E ok, também se veem muitos sem abrigo que parece que estagiaram com o Freddy Krueger e nos fazem ficar com os pelos em pé sempre que atravessamos o passeio (ah! Quem é depiladinho não sabe do que falo...) mas, isso agora não interessa. E sim... está bem... também as estradas estão todas mal sinalizadas e conduzir nestas cidades parece a versão real do Carmageddon mas, isso também não interessa, para já. A questão é: porquê? Será que as pessoas estão tão habituadas que já ninguém liga, tal como quem limpa fossas ou passa ao dia a estrumar... porque o nosso nariz só deteta cheiros novos! Será que o sistema de bom gosto, habituado a ver isto todos os dias, terá ficado desativado? Ou será que os presidentes de câmara têm tanto mas tanto com que se preocuparem, como construir novas pontes e passar autorizações para construção de novos centros comerciais que nem se preocupam com pequenos detalhes relativos à beleza das suas cidades? Sinceramente, a última vez que visitei Lisboa, parece que estava na Colômbia (desculpem colombianos, nada contra, mas isto não foi um elogio)... vejam lá isso senhores que fazem filmes, se estiverem à procura de locais para gravar cenas de carteis ou fim do mundo, Lisboa é uma boa opção! O Porto também não se safa, senhores! Aquela tinta branca que pisam nos passeios não é delimitação de ciclovias, mas sim cocó de gaivota! E aqueles edifícios devolutos, também conhecidos como hotéis de drogados, não são galerias de arte pós-moderna e cenas... são mesmo casas a cair que a câmara mandou cagar (literalmente) à muito!

Mas afinal qual a admiração? Bem, é simples: porque em mais nenhum outro local do país isto acontece! Lisboetas e portuenses, visitem qualquer outra cidade, digam-me se porventura veem cenários pós-apocalípticos ou neandertais? Não! Tudo está bem cuidadinho! Parecem cidadelas retratadas em contos de fadas! Entendem? E já nem digo para visitarem outras cidades grandes europeias, onde já se incluem algumas ucranianas bombardeadas! Daí que, tendo em conta que as maiores câmaras municipais do país têm orçamentos de principados, porque caráculo não fazem nada para terem as suas cidades bonitas e arranjadas? Custa assim tanto? O que se passa?