Tudo começou com os homens das cavernas a bater em coisas, depois continuou quando inventores malucos criaram os instrumentos musicais, depois passámos para indivíduos a compor e vários músicos a tocar - a fazerem as "cenas" em conjunto - até que chegamos à Gen-Z, e o que temos? Temos uma pessoa a cantar acompanhada por um computador! Pronto, está feito!
Antes de questionar para quem/quê é que vão os aplausos nos seus concertos, gostaria de frisar que, sim, os millennials também começaram a desprezar os grupos e alguns também faziam tudo sozinhos, mas bolas, pelo menos sabiam tocar a porra de uma guitarra ou de um piano! Eram os chamados cantautores, cantavam e tocavam o que compunham. Enquanto que agora, os seus "filhos", só cantam! Mas, afinal, qual é o problema?
Meus amigos, ser cantor não é cantar karaoke, ok? Aliás, pensar que é, é por si só um enormíssimo problema, tal como considerar que jogar videojogos é desporto... ahah... quem é que... o quê? Chamam-se e-sports? Bom, abordarei este assunto posteriormente. Ou, tal como considerar que gravar uns videozitos de forma amadora e publicá-los é ser artista de televisão... ahahah... hein? O quê? Youtubers?? Ok... Ou que tirar umas fotos do dia-a-dia já faz deles fotógrafos... ahahah... meu deus... O que foi? O que é isso de Instagramers? A sério? E, já agora... Ou que... ou que escrever umas cenas num blogue é ser jornalista ou cronista... ahhh... Bloguistas... Sim, ok, sou bloguista, mas, nunca pedi credenciação de imprensa! Nunca! Ok? Bom...
Agora é que entendi qual é o problema: a Gen-Z também faz cenas em grupo, desde que o grupo seja constituído apenas por máquinas! Está habituada a conviver com elas! Elas fazem tudo! Cozinham, tocam, criam, editam, publicam, corrigem, educam, psicoanalisam, medicam, consultam, conversam, validam, tudo! Para quê estar com o trabalho a aprender a tocar um instrumento quando o computador trata disso? Não é?
Bem, eu digo-vos porquê: porque o computador para além de ser burro que nem uma porta, também não tem emoção! Já repararam que tudo o que enumerei anteriormente está ali na fronteira entre o mau e o péssimo? Isso só acontece porque o grande esforço dessas "profissões" é feito por máquinas! É como meterem o vosso cão a limpar o pó! Vai dar merda (literalmente)! E onde está aquele solo incrível ou aquela improvisação? E aquela interação entre elementos da banda que não seja um mero carregar de botão? É precisamente por isso que as músicas Gen-Z são muito nhónhó! É como comer pão da avó que sabe a hóstia ou emoldurar uma folha A4 em branco e pensar que é arte moderna ou beber "bebida vegetal" em vez de leite. Entendem? São pãezinhos sem sal e sem glúten, são bibelôs de plástico das lojas do chinês! É música fraquinha que nem dá pica quando acompanhada de ganza com pudim! Mas acima de tudo, meter os computadores a fazer as coisas é, também e essencialmente, parvo!
Não acreditam? Vou enumerar algumas bandas Gen-Z, ouçam e digam de vossa justiça, se na maioria das suas músicas não falta "aquele BOCADÃO assim": Lorde, Daft Punk, AViVA, 8 Graves, Halsey, Au/Ra, Billie Eilish, Unlike Pluto... (agora, não me perguntem como é que as conheci!)
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