Entrar num hospital e ver toda a gente de branco ou azul... é normal. Entrar na prisão e ver gandulos vestidos de laranja e guardas fardados... é normal. Passear na rua e ver todas as raparigas vestidas de igual... é normal? Bom, parece que sim!
Gostava de saber o que se passa nos bastidores, nos fornos onde a moda é forjada. Será que as lojas recusam-se a vender roupas alternativas e não há muita escolha? Hmm.. não me parece... Da última vez que fui a uma loja (mista), a secção masculina resumia-se à ilha do Corvo no meio da imensidão do Atlântico, e ainda assim, tinha mais variedade do que um restaurante chinês. Daí que certamente havia muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuita roupa feminina para escolher. Será que há falta de personalidade? Bom, os nomes e os sobrenomes das mulheres não são todos iguais, portanto acredito que.. hmm... foram dados pelos pais... não vamos por aí...
Ok, então porque raio de cada vez que saio à rua, parece que uma fábrica de bonecas que labora por ali perto, rebentou? E o pior é que em vez de Barbies ou Nancys são clones de Lady Gagas desenhadas na China! São todas, todas, todas iguais! Mesma marca e mesmo modelo! Até as metaleiras e as hippies, que eram fabricadas por empresas unipessoais das novas oportunidades, estão em vias de extinção! (Ok... agora, sinto-me como um soldado do Greenpeace que se debate por proteger o bandalhão do tubarão branco que lhe petiscou a perna...) Voltem tribos (femininas) urbanas! Pelo menos no vosso tempo as coisas tinham algum interesse, tal como uma salada com sementes ou com tomates-bolota.
Meninas, vamos ser originais? Hein? Ter estilo próprio é uma coisa bonita! Vejam o caso dos homens: são todos diferentes e alguns conhecem-se apenas pelo estilo. Toda a gente sabe quem é o Zé-das-calças-pretas ou o Maneli-vagabundo ou o Gato das Botas!
Termino com a lição do dia: já pensaram no que seriam os produtos de marca branca Continente se, para além de não serem cancerígenos, viessem em embalagens iguais? Ninguém os comprava!
CarlosaxCritical Sketches - 10 anos!
sábado, 25 de março de 2017
domingo, 12 de março de 2017
Peixe amanhado ou não amanhado?
Quem diria que ir ao supermercado se poderia transformar numa experiência da quinta dimensão? Pois bem, é possível!
Tendo em conta que testemunhei isto no Porto, seria de pensar que tal acontecimento estaria ligado ao avistamento de azeiteiros - a espécie assustadora autóctone - mas não..
Imagine o caro leitor, que pretende comprar peixe, e tem de fazer uma escolha, que à partida é bem simples: retirar uma senha que diz "peixe amanhado" ou uma senha que diz "peixe não amanhado". Tendo em conta que amanhado significa preparado, e que se encontra no particípio passado, ou seja, que já aconteceu, se pretender peixe já preparado, irá então retirar a senha de peixe (já) amanhado. É simples, e resolvemos um quebra-cabeças de classe Trump! No entanto, apercebi-me que aparentemente estamos na 5ª dimensão, ou no país das maravilhas, ou no bazar da psiquiatria do Magalhães Lemos... Pois, os funcionários iriam recusar-se a atendê-lo! E não é por estar bem vestido, mas simplesmente porque deveria ter retirado a senha contrária ao que queria. O quê? Sim senhor! Aparentemente, se quiser peixe já preparado, terá de retirar a senha de "peixe não amanhado". Porquê? Ora aí está uma boa questão!
Para quem não frequentou o ensino básico, passo então a fazer uma sugestão: os nomes das senhas devem reflectir o que irá acontecer ou o resultado do que já aconteceu. Por exemplo: ao retirar uma senha para "hipermercado para esquecer" ou "hipermercado esquecido", significa que nunca mais lá irei. Pergunto-me o que fará um funcionário do Jumbo que viaja de avião e traz consigo uma importação? Será que passa no corredor "nada a declarar"? Pois eu acho que sim.. e a discussão do bom português com o SEF seria algo que adoraria ver.
Para concluir deixo um desafio para os senhores do dito hipermercado do elefante que inventaram esta disenteria linguística: no mundo real, o que significará "eu fiquei fo%%do com isto"?
Tendo em conta que testemunhei isto no Porto, seria de pensar que tal acontecimento estaria ligado ao avistamento de azeiteiros - a espécie assustadora autóctone - mas não..
Imagine o caro leitor, que pretende comprar peixe, e tem de fazer uma escolha, que à partida é bem simples: retirar uma senha que diz "peixe amanhado" ou uma senha que diz "peixe não amanhado". Tendo em conta que amanhado significa preparado, e que se encontra no particípio passado, ou seja, que já aconteceu, se pretender peixe já preparado, irá então retirar a senha de peixe (já) amanhado. É simples, e resolvemos um quebra-cabeças de classe Trump! No entanto, apercebi-me que aparentemente estamos na 5ª dimensão, ou no país das maravilhas, ou no bazar da psiquiatria do Magalhães Lemos... Pois, os funcionários iriam recusar-se a atendê-lo! E não é por estar bem vestido, mas simplesmente porque deveria ter retirado a senha contrária ao que queria. O quê? Sim senhor! Aparentemente, se quiser peixe já preparado, terá de retirar a senha de "peixe não amanhado". Porquê? Ora aí está uma boa questão!
Para quem não frequentou o ensino básico, passo então a fazer uma sugestão: os nomes das senhas devem reflectir o que irá acontecer ou o resultado do que já aconteceu. Por exemplo: ao retirar uma senha para "hipermercado para esquecer" ou "hipermercado esquecido", significa que nunca mais lá irei. Pergunto-me o que fará um funcionário do Jumbo que viaja de avião e traz consigo uma importação? Será que passa no corredor "nada a declarar"? Pois eu acho que sim.. e a discussão do bom português com o SEF seria algo que adoraria ver.
Para concluir deixo um desafio para os senhores do dito hipermercado do elefante que inventaram esta disenteria linguística: no mundo real, o que significará "eu fiquei fo%%do com isto"?
Subscrever:
Mensagens (Atom)