segunda-feira, 14 de abril de 2014

Divórcios interegionais

Já não existe emoção... Já não existe chama... Como apimentar as notícias antropólogas na Europa? Com divórcios!

Ora lá está, não é 1, não são 2, mas sim 3! Três divórcios que prometem fundir as máquinas tipográficas de todo o velho continente. O mais conhecido é o da Crimeia... que parece que andou a brincar às escondidas com a Rússia, e agora quer divórcio da Ucrânia. Mas há mais, era uma relação poliamorosa ao que parece, e o "policasal" ucraniano parece que quer dissolver o santo casamento. Depois temos também os casos da Escócia e da Catalunha, que sonham há muito com uma vida livre e sem compromisso. Já colocaram os papéis na mesa e tudo!
Mas vamos lá ver uma coisa, é impressão minha, ou estes referendos que pedem a independência de regiões, parecem ou não aquelas ameaças que o Zé faz à Maria quando chega a casa depois de ter destilado uma pipa de vinho?
- Olha que eu vou-me embora! 
- Tá calado Zé! Vai deitar-te na casota do cão que amanhã conversamos melhor...
- Olha que eu voto! Bato o pé e vou-me embora!
- Psiiu! Cala-te que é melhor!
- Olha que vou-me mesmo embora!
- Toma juízo!
Mas o que é que esta gente anda a tomar? Ao fim de tanto tempo querem independência? Eu tinha a ideia que já passámos por aquela altura em que os países ainda estavam a ser forjados e os destinos dos mesmos eram ditados por espadas e por famílias de malucos. É como aqueles casais que estão juntos há 40 anos e decidem acabar porque.. já não há chama! Mas há solução...há comprimidos azuis! Ou serão apenas gritos de atenção? Sim, porque no mundo ocidental civilizado há mesmo pouquíssima coisa interessante a acontecer, daí que precisamos de dar orgasmos aos historiadores.

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