sábado, 26 de maio de 2018

Eutanásia

Ora bem, vamos lá falar do elefante da atualidade: a eutanásia.
Poderia começar por abordar este sensível tópico à Gustavo Santos, e dizer que "eu" é eu, "ta" é te + a e "násia" é náusea, portanto temos uma auto-declaração de amor inversa. Mas... isso seria parvo.
Poderia alertar os caros leitores, para o facto de que a eutanásia pode matar!! Coisa, que o CDS/PP já fez... (bolas!)
Poderia dizer que ironicamente, a igreja é contra a eutanásia, mas... teria de remexer a terra e exumar assuntos como a Inquisição, o que seria chato. De referir no entanto, que se houvesse eutanásia durante a Inquisição, se calhar seria "apenas" genocídio.. Heh, que venha o diabo e acerte o compasso moral desta gente!
Poderia dizer que alongar uma vida que já não é vida, é algo que apenas o Dr. Frankenstein ou um maluquinho por Cyborgs faria, e não algo que os médicos devam fazer...

Mas não, vou aqui defender uma teoria que - recorrendo a algoritmos extremamente avançados da filosofia - pode considerar-se como válida: quem não defende a legalização da eutanásia, defende a criminalização do suicídio. Pois é, acho que deveria existir um compromisso, para que, na eventualidade deste direito cívico e humano não ser descriminalizado, também o suicídio deveria ser criminalizado.
E pergunta o caro leitor, mas meu idiota, como é possível criminalizar o suicídio? Pois bem, é conhecido que a direita portuguesa tem connects com o mundo fantástico. Só assim, é que o PSD conseguiu proibir a legionella de atuar em Portugal. Aliás, hoje, todo e qualquer ser que pertence à família da legionella é preso de imediato pelo SEF se tentar entrar no país! E portanto, não seria de admirar que tivesse também connects no além. E assim, se o Sr. Deus, fosse informado que aquele indivíduo se tinha suicidado, e era português, então meu amigo, era impedido de entrar no paraíso e recambiado para o Inferno Penal Português... (a secção tuga lá em baixo)! Porque connosco não se brinca! Lá por falecer, não quer dizer que esteja safo!
E se assim fosse, certamente que seria um salto enorme no que diz respeito ao nosso grau de inovação legislativo! Bom, agora é só escolher entre as duas propostas.

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