segunda-feira, 3 de agosto de 2020

A Ditadura do Igualitarismo na TV

Não está errado promover a igualdade, antes pelo contrário, devemos lutar pela mesma no nosso dia-a-dia, mesmo que isso implique abdicar de algumas regalias pré-adquiridas (não é mulheres defensoras do cavalharismo?)! Bom, o problema acontece quando queremos ser tão bonzinhos e tão certinhos que, por tudo e todos, queremos agradar a tudo e todos, só porque sim e sopas, transformando o resultado final em algo completamente ridículo....

Para quem acompanha séries, sabe o quão importantes elas são para definirem a cultura pop... Se virmos na televisão alguém a sair da banheira, a escorrer, apenas com a toalha - sendo que o objectivo é tornar a cena mais sensual -, acabamos por fazer isso sem querer no nosso dia-a-dia e deixamos a casa toda molhada! Ou, se virmos as personagens a dormirem nuas na televisão em pleno inverno - sendo que o objectivo é tornar a cena mais sensual -, acabamos por fazer isso sem querer no nosso dia-a-dia, esquecemo-nos de que existem pijamas e apanhamos uma pneumonia!

E portanto, ao vermos casais gays na ficção acabamos por nos familiarizarmos com essa realidade. Até aqui tudo bem, o problema está no exagero! Ora, sendo que o objectivo da ficção é, ou retratar a realidade ou ficcionar uma realidade que gostaríamos que fosse real, não me parece que ter mais de metade das personagens gays, numa série assumidamente não-gay, seja algo positivo. E porquê? Porque estatisticamente só 10% da população o é, portanto, acabamos com um resultado ridículo e pouco verosímil! É um pouco como aquilo que a CMTV faz: segundo eles, a taxa de criminalidade em Portugal é só um bocadinho pior do que a do Afeganistão (10 notícias de crime para 10 crimes no total nacional = taxa de 100%)! [Num aparte, deveria existir um seguro psiquiátrico para quem acidentalmente muda para a CMTV]

Noutro caso, temos a necessidade de ter personagens diversificadas à boa maneira da Benetton... Se é verdade que a nacionalidade não é ditada pela raça, mas sim pela nação, também é verdade que em séries históricas convém retratar o que era a realidade... Não, não vou falar do ridículo que foi censurar filmes só porque abordam ditaduras e afins... ahm... aquilo de destruir estátuas... que felizmente já ninguém se lembra... e censuraram umas cenas e tal...? Bom, sucede, que uma recente série histórica retrata um rei inglês, da época medieval, como sendo negro. Não é que não gostasse de ver víquingues chineses ou a Vénus de Willendorf com um corpo tonificado... o problema é que... TAL NUNCA EXISTIU! E mesmo fazendo parte de um universo alternativo, não funciona! É como considerar arroz-doce como sopa, entendem?

Portanto... parem lá com estas coisas, senhores, pode ser?

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