Ai, as alergias, as alergias...
Bom, o que dizer? Para quem não é alérgico, ver alguém sofrer da dita cuja, é como ver alguém ter uma cãibra por sair de casa para ir deitar o lixo ao contentor. É no mínimo estranho, porque é literalmente preguicite aguda! Trata-se de uma "doença" causada pela não exposição ao normal... o que é... anormal!
Cientificamente, como é que alguém "apanha" alergia? Não, não é porque uma abelha radioativa nos pica, ou porque respiramos polens tóxicos de plantas que vieram do planeta Pandora. Simplesmente, acontece quando somos expostos a algo que é um pouco agressivo (e aqui falamos de agressividade a nível de comer uma malagueta bufada ou cheirar o peido que uma carrinha de 1995 dá ao acelerar numa avenida na Holanda). Ou seja, acontece quando de repente inalamos polens que nunca tínhamos inalado na vida, porque pelos vistos vivemos em bunkers ou em cidades que acham que ter uma árvore plantada no meio do passeio é uma "zona verde"! E assim, o nosso sistema imunitário, que está preparado para resistir ao cloro em excesso (o qual até transforma as nossas águas potáveis em champanhe), capitula, faz greve, fica a olhar feito parvo sem saber o que fazer.
Ora, como é que uma coisa tão simples e natural como, por exemplo, respirar ar, se torna num pesadelo? E porquê? Porque os meninos da cidade não gostam de sair das suas muralhas de betão, nem sequer de passear nos parques da cidade. E sim, também existem "parques" lá fora, senhores, chamam-se florestas! Sim, aquelas que às vezes aparecem no National Geographic... são reais, e são as melhores vacinas antialérgicas!
Portanto meus amigos, em vez de estarmos com paneleirices e deixarmos o nosso corpo ficar extremamente sensível, está na hora de, de vez em quando, deixar de lado os sabonetes antibacterianos e enterrar aos mãos na terra, cheirar as plantas e conviver com insectos (inclusive com as abelhas!), e em, no fundo... descobrir o mundo real!
Fôssemos antes alérgicos à preguiça e aos fumos dos escapes, que o mundo seria bem melhor!
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