Prometo estar contigo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, amando-te, respeitando-te e sendo-te fiel em todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe. Muito bem! Mas... seria possível adicionarem cláusulas de rescisão a estes contratos?
Imagine o caro leitor que acabou de celebrar matrimónio, casou com a Adriana Lima, uma supermodelo bem disposta e simpática. Tudo bem. A escolha entende-se: o facto de ser bonita e supersensual significa que tem bons genes para transmitir, que é saudável e não terá de se preocupar em acompanhá-la ao hospital 1 vez por mês porque teve alguma trombose, que nunca terá problemas de impotência (por razões óbvias, if you know what I mean! Ahh! Sempre sonhei usar esta expressão!), que todos os minutos que fica longe dela, por ser tão bela, são uma punição e no fim do dia só quer regressar a casa para voltar a vê-la! Sabe como é? Se não sabe, é porque possivelmente tem um casamento por conveniência, mas faça um esforço, um casamento por amor é assim, ok?
Agora imagine que ela começa a enfardar como uma louca. O desfile da Victoria's Secret foi abolido, o que significa que muitas das modelos foram para o desemprego e ela não foi exceção; tal como aconteceria com as touradas caso também fossem abolidas: muitos touros deixariam de ser criados (infelizmente, e apesar de não concordar com touradas, há que dar razão aos maluquinhos e, eventualmente, considerar touradas sem espetos!). E ao fim de alguns dias a, agora, Adrianona começa a fazer inveja a uma baleia-sumo e se antes provocava desejo nos homens agora provoca desejo nos baleeiros! Mas tenham calma, ela não é (oficialmente) uma baleia, ok? Depois, eventualmente, o vício do açúcar também faz das suas, e ela fica hiperativa, enfim, muda completamente a sua personalidade, muito pior do que os estragos que a menstruação faz, e transforma-se num urso com diarreia! Ora, o que eu pergunto é: tendo em conta a premissa que levou ao matrimónio, não se justificariam cláusulas de rescisão? Sejamos sinceros, se alguém comprar um bolo-rei sem frutos secos, queixa-se, porque não queixarmo-nos se o "produto" com o qual nos casámos acabou de anular a sua garantia antes dos 2 anos? É que uma coisa é ficar doente sabe-se lá com o quê e porquê, outra é ficar doente porque se quer... e se quer ser influencer de fast food ou um guia espiritual de elefantes ou bisontes... ou simplesmente porque estamo-nos a cagar para a saúde ou lá o que isso é...
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