Todos os anos é a mesma coisa, quando o frio e a chuva decidem aparecer, as pessoas abandonam os seus terraços e tudo o que neles existe.
Esta situação é muito preocupante afirma António Claudêncio, um paisagista semi-gay da Câmara Municipal, depois de ter visitado um terraço onde estava uma piscina cadavérica já em decomposição, um sofá que foi abandonado pela Casa Hogwarts Pia e que resiste à morte depois de ter sido esfaqueado, e uma bola, que esteve presente em grandes estádios de futebol europeus, mas que agora ganha a vida como pega dos pés de 2 crianças.
António lidera a Liga Portuguesa dos Direitos dos Terraços, que acaba de criar uma campanha intitulada de "use-nos para o que quer que seja", a qual mostra um terraço de Auschwitz cheio de cadáveres. Eles eram malucos mas sabiam aproveitar tudo o que tinham, ao contrário de certos donos de casa. Ao menos coloquem plantas de plástico só para que o terraço não se sinta sozinho! afirma António em tom de revolta.
A situação é no entanto ainda mais preocupante em terraços cujas habitações pertencem a ciganos. Apesar de [os terraços] estarem ocupados 368 dias por ano, parecem trincheiras da 1ª Guerra Mundial, e até um terraço de uma favela que é baleado 1x por minuto tem melhor qualidade de vida.
A LPDT irá apresentar um projecto lei para criminalizar os maus tratos e o abandono dos terraços pelos donos, com penas que podem ir desde serviço comunitário do terraço à Câmara, com a criação de abrigos temporários para refugiados dos bairros de lata, até à apropriação completa dos bens, com vista à criação de mini-museus do holocausto dos terraços para os mais novos conhecerem a cruel história.
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