No outro dia ouvi uma notícia na rádio que dizia que a crise estava a aumentar o consumo de álcool em Portugal. Ora, é evidente que isto tinha de acontecer... E tenham cuidado, porque não vai ser só o álcool que vai subir ao pódio, a crise vai aumentar o número de compras, de viagens, de venda de produtos de luxo, de cigarros de notas e de saídas à noite!
Exatamente, foi desta vez que os tumores cerebrais começaram a jogar golfe. A única coisa que digo é: deixem-se de merdas. Dizer que alguém se anda a emborcar, não porque é irresponsável ou porque tem uma destilaria intestinal, mas por causa da crise, que o levou a comprar um Ferrari e a pedir empréstimo para tal, ficando endividado e agora que não consegue pagar as despesas decide, coitadinho, gastar mais dinheiro em bebidas na esperança de renovar o baço, é o mesmo que dizer que a culpa do falecimento de um animal que bate as botas num acidente de viação num dia de chuva porque estava a tentar testar as leis de viagem no tempo de Einstein, se deve não ao facto de ser, claro está, cientista, mas sim ao agora criminoso S. Pedro porque ter ligado indevidamente o chuveiro. E atenção, a mesma notícia peidava que os jovens também seguem (como é possível?) os bonitos exemplos que os pais aprenderam desde cedo, enquanto estudavam em cavalariças. Deixo então um apelo aos professores, para não fazerem testes complicados e facilitarem a vida dos piquenos, caso contrário eles vão começar a beber! E os mais corajosos vão cortar os pulsos ou suicidarem-se ao som de David Carreira.
Meus amigos, vamos lá deixar-nos de culpar os nossos egos que estão sob efeito de anfetaminas e assumir responsabilidades, ok? Isto claro, se não formos ex-gestores de bancos.
sábado, 29 de março de 2014
segunda-feira, 17 de março de 2014
Formas de esperar
Seja numa estação, num hospital ou num café, esperar por algo ou por alguém é sempre chato... ou não, depende do método! Existem portanto diversas formas de o fazer.
- Polvo humano: normalmente este tipo de espera só é possível em sítios com sofás, e caracteriza-se pela anexação de todos os lugares possíveis por um animal conhecido como polvo humano, que recorre a braços e pernas para divulgar o seu grande à vontade e desinteresse pelos outros. Para maximizar a sua ocupação usa suportes de parto nas pernas e casais neandertais claustrofóbicos nos sovacos.
- Dança celta: quem nunca esperou em pé, dando micro-passinhos para os lados, frente e trás, e com as mãozinhas semi-dadas nas nádegas? Está portanto a treinar a sua dança celta ou, para os menos radicais, sapateado. Tenho pena é da falta de apoio do público nestes casos, bater as palmas ajudaria!
- Sem-abrigo: esta forma de espera tem lugar principalmente em aeroportos, e caracteriza-se por dormir em tudo o que é sitio, desde chão, passando por cadeiras, chão, bancos e claro, o tradicional chão sujo. Os mais gourmet recorrem a casacos e quispos para servirem de cobertores, em vez dos tradicionais jornais.
- Critico de arte: quando estamos à espera em salas de espera, é muito comum ver críticos de arte, que são aqueles que não gostam de estar sentados e andam devagar de um lado para o outro, como se estivessem a perseguir desenfreadamente um caracol. E se estivermos com atenção podemos inclusive ouvir os "hmmm" de admiração sempre que vêem a última obra em exposição...seja a incrível "parede branca" ou a "olha que paisagem incrivelmente normal que observo desta janela".
- Comentador: as salas de espera mais requintadas, têm mesinhas com uma grande variedade de jornais e revistas para ler, e claro, não podem faltar os comentadores, que gostam de estar muito informados sobre a atualidade, não resistindo a ler imprensa do mês passado, e com alguma sorte, ainda apanham uma edição da Gazeta de Lisboa.
- Nadador salvador: talvez os nadadores salvadores sejam os esperadores mais comuns, mas com eles qualquer um se sente seguro, já que observam atentamente tudo e todos os que os rodeiam... assim, se alguém se estiver a afogar num copo de água ou na sua própria saliva...está safo!
domingo, 9 de março de 2014
Arte de caminhar no passeio
Pelos vistos, isto de andar no passeio é mesmo arte...alias, técnica!
Bom, quem é que ao caminhar num passeio, não apanhou pela frente indivíduos que pensam que estão a jogar roller derby? Vamos descansadinhos a andar, tentando acompanhar uma linha rectilínea perfeitamente desenhada pela Agência Espacial Pessoal, que está no nosso cérebro, quando quem vamos ultrapassar decide mudar de rumo atravessando-se à nossa frente. Ora, fossemos nós carros, já estava a levar uma buzinadela e um "bom-dia à moda do Porto", mas como somos pessoas...temos de nos comportar. Paramos e mudamos de direção como se nada fosse. Mas porquê senhores? Porque fazem tal coisa? Será que combateram na 2ª Guerra e tentam fazer manobras evasivas anti-sniper? Ou são pessoas à vela e têm de seguir o melhor rumo do vento? Outra situação interessante são os tsunamis. Que é quando um grupo de amigos, decide caminhar num passeio estreito lado-a-lado, mantendo a formação mesmo quando encontra baleias pela frente.. Mas porquê? O contrato de amizade deles exige que mantenham a pose dos Village People eternamente? Porque estes bulldozers obrigam as pessoas a irem para a estrada, caso contrário obrigam-nas a jogar rugby. Mas os piores talvez sejam os mata-vacas, que atualmente não servem para abrir caminho aos comboios nas pradarias americanas, mas dão poder Hitleriano a um comum mortal, que com um simples guarda-chuva faz com que qualquer transeunte fraco e oprimido se atire contra um carro, a fim de evitar que fique com uma vista vazada.
Bom, para quem não sabe.. existem regras para andar no passeio. Não as vou listar todas..apenas digo que gostava de ver mais filas indianas, menos placagens e menos indivíduos que acabaram de fugir da psiquiatria mais próxima.
Bom, quem é que ao caminhar num passeio, não apanhou pela frente indivíduos que pensam que estão a jogar roller derby? Vamos descansadinhos a andar, tentando acompanhar uma linha rectilínea perfeitamente desenhada pela Agência Espacial Pessoal, que está no nosso cérebro, quando quem vamos ultrapassar decide mudar de rumo atravessando-se à nossa frente. Ora, fossemos nós carros, já estava a levar uma buzinadela e um "bom-dia à moda do Porto", mas como somos pessoas...temos de nos comportar. Paramos e mudamos de direção como se nada fosse. Mas porquê senhores? Porque fazem tal coisa? Será que combateram na 2ª Guerra e tentam fazer manobras evasivas anti-sniper? Ou são pessoas à vela e têm de seguir o melhor rumo do vento? Outra situação interessante são os tsunamis. Que é quando um grupo de amigos, decide caminhar num passeio estreito lado-a-lado, mantendo a formação mesmo quando encontra baleias pela frente.. Mas porquê? O contrato de amizade deles exige que mantenham a pose dos Village People eternamente? Porque estes bulldozers obrigam as pessoas a irem para a estrada, caso contrário obrigam-nas a jogar rugby. Mas os piores talvez sejam os mata-vacas, que atualmente não servem para abrir caminho aos comboios nas pradarias americanas, mas dão poder Hitleriano a um comum mortal, que com um simples guarda-chuva faz com que qualquer transeunte fraco e oprimido se atire contra um carro, a fim de evitar que fique com uma vista vazada.
Bom, para quem não sabe.. existem regras para andar no passeio. Não as vou listar todas..apenas digo que gostava de ver mais filas indianas, menos placagens e menos indivíduos que acabaram de fugir da psiquiatria mais próxima.
segunda-feira, 3 de março de 2014
O piquete cigano
Há um serviço que sempre me fascinou, e que dá pelo nome de piquete cigano. Mas quem são essas boas e simpáticas almas? E o que fazem?
Bom...(por favor ler isto ao som de uma música épica), eles existem para proteger os ciganos fracos e oprimidos! Sempre que um cigano se sente sozinho numa das sociedades menos discriminatórias do mundo... eles estão lá! Sempre que um cigano não tem posses ou força para fazer protestos violentos....eles estão lá! Sempre que um cigano está mais de 5 minutos à espera numa repartição pública...eles estão lá! E foi precisamente isso que presenciei no outro dia... Fui a uma repartição pública, onde estavam 2 ciganas à espera da sua vez, e passado um bocado apareceram reforços, talvez porque pensaram que estavam tempo demais à espera.. Ora bem, por um lado compreendo, estava muita gente.. acho até que à entrada vi os bombeiros montarem tendas de campanha para os refugiados...quer dizer, para os cidadãos. De certa forma parecia estar na Síria, com tanta gente à espera mas, ainda que hajam mais pessoas que piolhos numa creche, existe uma nova tecnologia nos países civilizados que se chama "senha", e a qual designa um número de ordem para se ser atendido.. Ai é? É!
Apareceram de forma muito rápida! Daí que sempre me perguntei: será que existe um número nacional de emergência cigana? Sempre que um cigano está à espera há mais de 5 minutos numa repartição, liga para o 120, e um piquete de emergência sai numa carrinha Ford modelo cigano e vai imediatamente para o local! Ainda que seja bom ver arte de borla, é aquele tipo de espectáculo ao qual eu não quero assistir...porque já sei como é, depois de acrobacias, porrada e declamações poéticas do tipo Fernando Rocha, ainda vêm cobrar bilhetes e tentarem vender sapatilhas da Naike.
Portanto meus amigos ciganos, só gostava de sugerir uma coisa: podem comportar-se como... cidadãos normais? Ou então... alargar o serviço do piquete cigano aos comuns mortais? Agradecido.
Bom...(por favor ler isto ao som de uma música épica), eles existem para proteger os ciganos fracos e oprimidos! Sempre que um cigano se sente sozinho numa das sociedades menos discriminatórias do mundo... eles estão lá! Sempre que um cigano não tem posses ou força para fazer protestos violentos....eles estão lá! Sempre que um cigano está mais de 5 minutos à espera numa repartição pública...eles estão lá! E foi precisamente isso que presenciei no outro dia... Fui a uma repartição pública, onde estavam 2 ciganas à espera da sua vez, e passado um bocado apareceram reforços, talvez porque pensaram que estavam tempo demais à espera.. Ora bem, por um lado compreendo, estava muita gente.. acho até que à entrada vi os bombeiros montarem tendas de campanha para os refugiados...quer dizer, para os cidadãos. De certa forma parecia estar na Síria, com tanta gente à espera mas, ainda que hajam mais pessoas que piolhos numa creche, existe uma nova tecnologia nos países civilizados que se chama "senha", e a qual designa um número de ordem para se ser atendido.. Ai é? É!
Apareceram de forma muito rápida! Daí que sempre me perguntei: será que existe um número nacional de emergência cigana? Sempre que um cigano está à espera há mais de 5 minutos numa repartição, liga para o 120, e um piquete de emergência sai numa carrinha Ford modelo cigano e vai imediatamente para o local! Ainda que seja bom ver arte de borla, é aquele tipo de espectáculo ao qual eu não quero assistir...porque já sei como é, depois de acrobacias, porrada e declamações poéticas do tipo Fernando Rocha, ainda vêm cobrar bilhetes e tentarem vender sapatilhas da Naike.
Portanto meus amigos ciganos, só gostava de sugerir uma coisa: podem comportar-se como... cidadãos normais? Ou então... alargar o serviço do piquete cigano aos comuns mortais? Agradecido.
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