És de direita ou de esquerda? Esta é uma das perguntas mais perguntadas (passo a redundância) por quem se interessa por política. Enquanto estivermos em níveis moderados, nada contra, uns gostam mais de "cada um por si, que se lixem os outros", outros de "subsídios para tudo e mais alguma coisa", mas no fim todos se entendem. O problema acontece quando começamos a ir para os extremos: quando alguém me diz que tem ideologias extremas começo não só a temer pela minha própria vida, como também a questionar-me se a disciplina de "História" ainda é lecionada nas escolas (para que os males do passado não se repitam, entenda-se!).
Então, quais as semelhanças e diferenças entre extrema-direita e extrema-esquerda?
Comecemos pela extrema-direita. Normalmente o pessoal desta ala é (é melhor desligarem os detetores de ironia senão queimam-se) extremamente simpático, de ideias fixas, e certamente têm um lugar no céu... no teto do inferno... à sua espera. Quem não conhece o Nobel da Paz Hitler? Ou o irmão afastado da Madre Teresa de Calcutá, o Mussolini?
Bem, se há algo pelo qual devem ser enaltecidos é a sinceridade. Realmente, promessas como "vamos aniquilar todos os judeus" ou "quem se opuser às nossas ideias será assassinado" são sempre cumpridas. Portanto, a direita alimenta-se do (e alimenta o) medo das pessoas. É como o bicho-papão e as crianças. É ou não uma boa forma de, usando a ameaça de um monstro que as visita de noite as poder esventrar, convence-las a comer a sopa? As medidas consistem na proibição, porque se existem bichos lá fora, o melhor é proibir o pessoal de sair de casa e está feito! Qual é que é a desvantagem? É que isto só resulta se os apoiantes e votantes forem burros que nem uma porta, porque se fossem inteligentes perceberiam que os bichos-papão não existem! Se quiserem apurar o preconceito, vejam fotos de apoiantes da extrema-direita: parece que tomam sopa de cavalo cansado com pão feito de farinha de cocaína ao pequeno-almoço! Acredito que não é por serem pobres, é só mesmo por serem, lá está, burros!
Agora a extrema-esquerda. Normalmente o pessoal desta ala é extremamente antipático, de ideias fixas, e certamente tem um lugar lá em baixo... no chão do inferno... à sua espera. Quem não conhece o Nobel da Paz Estaline? Ou o irmão afastado da Madre Teresa de Calcutá, o Mao Tse-tung?
Bem, se há algo pelo qual devem ser enaltecidos é a lábia. Realmente, parecem Jesus Cristo a falar e promessas como "todos iguais" ou "não haverá pobreza" são sempre cumpridas. Portanto, a esquerda alimenta-se da (e alimenta a) esperança das pessoas. Têm sede? Então vamos transformar água em vinho, apesar de tal não ser necessário... Qual é que é o problema? É que normalmente as promessas saem um bocadinho ao lado do esperado, tal como quando compramos uma cadeira pela net a um preço espetacular mas afinal é para uma casa de bonecas! E pior: ai de quem ficar insatisfeito! Todos são obrigados a serem felizes, a terem esperança e a viverem em paz... até aqui não parece mal, mas... também são obrigados a aceitar e a concordar com tudo! Pois, aqui já nem tanto... Porque se isso não acontecer serão abatidos! Tal como o Copérnico que se não se desmentisse a si próprio e não dissesse que o Sol girava à volta da Terra era queimado vivo. Portanto, as medidas apoiam-se na obrigação. Qual é que é a desvantagem? É que os agentes partidários veem-se à rasca para arranjar líderes que sejam ao mesmo tempo extremamente inteligentes e sociopatas, porque se fossem burros nunca conseguiriam arquitetar planos mais inteligentes e manhosos que os que um psicopata costuma engendrar, se não forem mais inteligentes que todos os outros, arriscam-se a que pessoas mais inteligentes percebam as suas manhas e evitem as suas nomeações, e se não forem sociopatas não são capazes de obrigar ninguém a fazer nada porque tal coisa é (obviamente) má demais...
Como isto é complicado de entender, porque normalmente entender o pessoal de extrema-esquerda exige um QI superior, temos de esclarecer melhor: os da extrema-esquerda são intelectuais que pensam que sabem tudo e têm legitimidade para imporem as suas ideias: não se proíbe, mas obriga-se, "obriga-se a respeitar o partido", "obriga-se a ser politicamente correto" e ninguém está contra, nem se atreve a isso, porque são obrigações "boas", com a exceção de que obrigar alguém a fazer o que quer que seja já é, por si só, algo suficientemente mau. Daí as políticas de extrema-esquerda (também) gerarem ditaduras! Se quiserem apurar o preconceito, vejam as fotos do pessoal de extrema-esquerda: os penteados e a roupa são autênticos repelentes sociais! Acredito que é o lado "sociopata" a cancelar o lado "inteligente": simplesmente não gostam de pessoas (que, pelo menos, não são como eles, mas também não interessa porque todos são, ou serão, obrigados a gostar deles!).