Se é verdade que todo o inferno precisa de um diabo, todos sabemos, porém, será que todo o negócio bem-sucedido precisa de um selvagem malcriado como chefe?
Antes demais, perdão, não é "chefe" mas sim "chef". Ok, admito, ouvir alguém semear mais asneiras do que um dente-de-leão num dia de vento é engraçado, dá-lhe uma certa personalidade. Porém, quando isso acontece regularmente talvez não seja agradável, tal como quando uma criança passa o dia a dizer "cocó". Imaginem o fascínio que as mulheres têm pelos "bad boys", a emoção que eles lhes trazem às suas vidas monótonas, a possibilidade de participarem nalguns crimes e tal... isso é bonito em teoria, o problema é quando essa emoção se manifesta sobre a forma de violência doméstica ou crimes passionais! É o que acontece com o Sr. Lubomiro, ter uma converseta de 5 minutos com ele até deve ser emocionante, talvez seja preciso um bocadito de álcool para ajudar mas, até deve ser... agora, tê-lo como patrão... hmm... se calhar é melhor não. E porquê?
Ora bem, num mundo em que ter fruta fresca gratuita no escritório e horários flexíveis é a nova norma, regressar às fábricas do Henry Ford ou à construtora civil dos faraós pode não ser uma experiência que quem não é masoquista goste. Ah, mas o homem é muito talentoso e cozinha muito bem e mesmo sendo assim dava tudo para aprender com ele... Eh pá, isso foi o que as fundadoras do #MeToo diziam! Será que os fins justificam os meios? Pensem bem: se os animais ficam com um sabor pior por ficarem stressados, imaginem o que acontecerá à comida quando alguém que parece o Valentim Loureiro fundido com um arrumador do Porto numa sala de chuto cozinham! Será que realmente iremos aprender algo com o Sr. Lubomiro? Sim, aprenderemos tudo aquilo que um chefe (e chef) não deve fazer!
Ah e tal, mas ele é sexista e não sei quê. Não, não... se queremos falar de estereótipos não culpem os machões latinos até porque o Sr. Lubomiro não é latino. Culpem o pessoal do Leste e a sua atitude de Máfia de Leste, pronto!