Há pessoas que gostam de emoções fortes, e alguns casais que o digam!
É impressionante o número de situações classificadas como "românticas" que têm um quê de perigoso ou radical, e que são mesmo capazes de fazer o Tony Hawk mijar-se de medo. A mais tradicional de todas é o pôr-do-sol. Que bonito! Mas que mal tem isso? Meus amigos, trata-se do falecimento do sol. Já para não dizer, que a exposição prolongada pode provocar cegueira. Portanto, diria que é tão romântico como ir ver gladiadores estripar-se para a arena ou, "bailarinos" que normalmente têm tremoços nos sacos escrotais, espetarem varas em animais, que muitos acreditam que a sua existência tem apenas um único objectivo: falecer em praças a fugir de bandalhos... Continuando a subir na escala, temos o romance à chuva, que para além de poder provocar uma insignificante gripe é, estúpido... Mas pior, é juntar a este filme em 50D um cenário de fundo aterrorizante: o mar. Ahh, que bonito! Não! Para além de estar a chover e das ondas irritantes, temos de levar com o rugir contínuo do mar, que parece o estômago do Fernando Mendes ao fim de 2 dias sem comer! É pior que o dia D na Normândia! Ahh..romance num cenário de guerra. Calma lá, que não vou tão longe. Mas bom, muitos casais fizeram questão de ver a bonita explosão nuclear em Nagazaki.
O mais impressionante, é que mesmo nas coisas mais corriqueiras, o borraquismo está sempre presente. Por exemplo, jantar à luz das velas. Qual o problema? Fogo! Pode ser o início de um incêndio em sentido não figurado. Ir ao cinema... pode ser o final para casais com síndrome poliglandular de Addison. Oferecer caixas de chocolates... qual o objectivo? Provocar o falecimento prematuro através de diabetes! Ou até, oferecer flores! Qual a mais romântica de todas? Rosa. Que tem...? Lá está, picos!
sábado, 26 de setembro de 2015
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
Descobrimentos alimentares
No meu dia-a-dia, tenho vindo a perceber cada vez mais, porque é que os portugueses foram destemidos descobridores num passado não muito distante...
Os bravos homens do tempo de Camões há alguns séculos, tiveram a lata de ao chegarem a uma terra nova e desconhecida, onde não conheciam ninguém, onde não tinham família nem amigos, onde nem sequer falavam a mesma língua, infiltrarem-se de tal maneira que acabaram por se imporem e tornarem normal essa estipulação. Imagine então o leitor, que labora num certo e determinado edifício que, a título de exemplo e com o objectivo de o pôr a salivar, pode ser a Assembleia da República. A qual tem um refeitório... Como lá trabalha, é claro que tem o direito de usufruir dos serviços desse alimentifúndio. Até aqui tudo bem, até ao dia em que olha para o lado, e vê um grupo de descobridores à espera na fila, tal como se de um regimento de formigas que persegue cheiro a açúcar qual caçador persegue coelhos, se tratasse. O que é de admirar nesta situação, é que, tendo sido os portugueses os inventores da globalização, foram também dos primeiros a aprender a misturarem-se no meio. No início, os indígenas que esperavam em filas para beberem a sua aguinha de coco à borla, os quais estavam vestidos à babuíno, olhavam com ar desconfiado para os 2 ou 3 portugueses que por ali se intrometiam só porque sim, e que discretamente vestiam trajes manufacturados por um estilista clinomaníaco e produtor de burel. Na atualidade, um português em França, é um francês! Está completamente disfarçado, tendo inclusive adoptado os mesmos gostos no que diz respeito ao tempero com "azeite". No entanto, esta nova geração ainda está disfarçada de nova geração, pelo que, e continuando com este exemplo, numa fila de senhores deputados em que os mais radicais ostentam camisas fabris, quando aparece um grupo de saltimbancos e artistas de variedades que têm sonhos molhados com cosplay, é de realmente ficar muito surpreendido. Alguém diga a estes senhores que, existem restaurantes ou outros meios de alimentação públicos! Normalmente estão em sítios acessíveis ao público... E por outro lado, estar num sítio acessível não significa necessariamente que é público! Ah, mas oh Merkel, você está a ser um bocadinho desagradável, porque aqui é mais barato e mais perto.. qual é o mal? É mais barato e mais perto para a minha pessoa porque, está no edifício onde eu laboro!!
Fica portanto o mini-guia para o descobridor alimentar do dia-a-dia: se entrar num sítio onde a maior parte das pessoas vestem o mesmo traje e/ou têm os mesmos badges e/ou existem referências claras a termos como "reservado" ou "funcionários", então é porque está de facto em território onde não deveria estar.
Eu gostava de perceber o processo mental desta gente, que certamente se confundirá com o de um doente de Alzheimer... Vamus de visita a outra cidadi i, vamos procurar um sítiu para comere. Olha aly aquele hospitale, deve ter um refeitório muito agradaveul, vamos comer lá! Não, não vamos porquê? Porque se calhar será para médicos, enfermeiros, funcionários, doentes e visitantes A DOENTES, grupo este onde não estamos incluídos. Ok? Eu sei, no início é complicado, mas, com a prática vai-se aprendendo...
Estes descobridores dos tempos modernos são certamente muito ousados, porque contribuem para a expansão do seu império alimentar. Mas fica também a nota que, à vista de falta de bom senso, de vez em quando, gritos do Ipiranga surgem e os impérios colapsam...
Os bravos homens do tempo de Camões há alguns séculos, tiveram a lata de ao chegarem a uma terra nova e desconhecida, onde não conheciam ninguém, onde não tinham família nem amigos, onde nem sequer falavam a mesma língua, infiltrarem-se de tal maneira que acabaram por se imporem e tornarem normal essa estipulação. Imagine então o leitor, que labora num certo e determinado edifício que, a título de exemplo e com o objectivo de o pôr a salivar, pode ser a Assembleia da República. A qual tem um refeitório... Como lá trabalha, é claro que tem o direito de usufruir dos serviços desse alimentifúndio. Até aqui tudo bem, até ao dia em que olha para o lado, e vê um grupo de descobridores à espera na fila, tal como se de um regimento de formigas que persegue cheiro a açúcar qual caçador persegue coelhos, se tratasse. O que é de admirar nesta situação, é que, tendo sido os portugueses os inventores da globalização, foram também dos primeiros a aprender a misturarem-se no meio. No início, os indígenas que esperavam em filas para beberem a sua aguinha de coco à borla, os quais estavam vestidos à babuíno, olhavam com ar desconfiado para os 2 ou 3 portugueses que por ali se intrometiam só porque sim, e que discretamente vestiam trajes manufacturados por um estilista clinomaníaco e produtor de burel. Na atualidade, um português em França, é um francês! Está completamente disfarçado, tendo inclusive adoptado os mesmos gostos no que diz respeito ao tempero com "azeite". No entanto, esta nova geração ainda está disfarçada de nova geração, pelo que, e continuando com este exemplo, numa fila de senhores deputados em que os mais radicais ostentam camisas fabris, quando aparece um grupo de saltimbancos e artistas de variedades que têm sonhos molhados com cosplay, é de realmente ficar muito surpreendido. Alguém diga a estes senhores que, existem restaurantes ou outros meios de alimentação públicos! Normalmente estão em sítios acessíveis ao público... E por outro lado, estar num sítio acessível não significa necessariamente que é público! Ah, mas oh Merkel, você está a ser um bocadinho desagradável, porque aqui é mais barato e mais perto.. qual é o mal? É mais barato e mais perto para a minha pessoa porque, está no edifício onde eu laboro!!
Fica portanto o mini-guia para o descobridor alimentar do dia-a-dia: se entrar num sítio onde a maior parte das pessoas vestem o mesmo traje e/ou têm os mesmos badges e/ou existem referências claras a termos como "reservado" ou "funcionários", então é porque está de facto em território onde não deveria estar.
Eu gostava de perceber o processo mental desta gente, que certamente se confundirá com o de um doente de Alzheimer... Vamus de visita a outra cidadi i, vamos procurar um sítiu para comere. Olha aly aquele hospitale, deve ter um refeitório muito agradaveul, vamos comer lá! Não, não vamos porquê? Porque se calhar será para médicos, enfermeiros, funcionários, doentes e visitantes A DOENTES, grupo este onde não estamos incluídos. Ok? Eu sei, no início é complicado, mas, com a prática vai-se aprendendo...
Estes descobridores dos tempos modernos são certamente muito ousados, porque contribuem para a expansão do seu império alimentar. Mas fica também a nota que, à vista de falta de bom senso, de vez em quando, gritos do Ipiranga surgem e os impérios colapsam...
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