Sketches - Comemoração dos 10 anos

É verdade! Em janeiro de 2012 estrearam os sketches de animação produzidos por este blogue!

Tornaram-se na primeira série de animação portuguesa com transmissão exclusivamente online e impuseram-se como uma mini-revolução no humor nacional, pois até então não existiam conteúdos de desenhos animados, feitos em Portugal, com humor subversivo, nonsense e inteligente, inspirados em séries icónicas como Family Guy ou Simpsons. Destaca-se também o facto de todos esses conteúdos terem sido produzidos, escritos, animados e realizados por uma equipa muito reduzida de 1 só comum mortal que, também cedia a sua voz sensual à maioria dos personagens, sendo que por vezes eram convidados outros comuns mortais para o efeito (os quais se safaram muito bem, devo dizer, especialmente porque não eram atores, nem pro nem amadores!).
Foram muitas as horas investidas no processo de criação, com todas as idiossincrasias características de produzir desenhos animados, sendo que em média cada minuto demorava entre 3 a 4 horas para ser produzido.

A série estendeu-se por 7 temporadas episódicas, sendo as mais consagradas e conhecidas as do "Super-metediço", bem como os sketches soltos chamados de "Rapidinhas", totalizando 147 vídeos. De destacar que a curta-metragem "A Estória do Afonso", a qual deu origem à 4ª temporada, foi selecionada para um festival (ok, não sei se podemos chamar "festival" mas foi a Mostra da 8ª edição do Concurso de Vídeo do INATEL, na categoria "Prémio Fundação INATEL"), tendo sido exibida no Cinema City Classic Alvalade, em Lisboa, no dia 14 de Dezembro de 2013.

Quanto ao futuro, perguntam? Talvez algo aconteça, nunca se sabe, mas por agora não existem planos para mais sketches. 😔

Por agora, vamos comemorar: ora assista ao best-off dos CarlosaxCritical Sketches! 

(Se por acaso tiver achado graça, não hesite em ver os mais de 140 vídeos disponíveis no canal!)

The 2 major flaws of dating app profiles

 (Este artigo encontra-se propositadamente escrito em inglês porque é uma carta aberta, de âmbito internacional, às aplicações de encontros sobre a identidade de género e etária que por aqui já falei)

Dear dating apps,

I'm writing this open letter to you, so you can understand the 2 major issues that your profiles are creating.

Let's start with gender. Since we are able to change our gender sometime in the future, and me, as a man, searching for women, see men in my suggestions, I guess you're considering the gender identity. Well, gender identity theory is actually based on 2 definitions: biological sex and the social construct of gender, aka gender identity. So, my question is: how can I choose my biological sex and the biological sex of the people that I'm looking for? Why? Because, in dating, for the most of us, roughly 90% of all users (the ones that don't identify themselves as LGBT), the only thing that matters is the biological sex! Example: as a man searching for women, I wouldn't mind to date a woman that identifies herself as a male (e.g. tomboy), however, I would definitely NOT date a man that identifies himself as a female; treating him as a woman is very different than seeing him as a girlfriend! You see the point, right? So, why the only filter about gender is the one that doesn't really matter? This is making most of us really annoyed, because I see profiles that I don't want to, and additionally, you're also disappointing non-cisgender users for something that does not apply to reality at all!

The other main issue is the age. Ok, I get it, it is in our right to know the age of someone we're dating. However, believe me when I tell you that the most important thing is not the chronological age but the age identity! On some apps we can even choose our zodiac sign, which is ridiculous because it is calculated from our birthdate, but ok, let it be... however, the question remains: why can't we choose the age to which we identify ourselves? Example: I'm searching for 30-year-old women and I find a woman with 40 years old that looks like (and feels like) a 30-year-old girl! Hell, I would definitely date her! However, if I find a woman with 30 years old but looks like a 40-year-old woman (you know, smoking and drugs can do that!), I would NOT date her! So, if people look at me and say that it seems that I am 6 years younger than I really am, why shouldn't I be able state that on my profile? Won't you think it would be fair?

In conclusion, I'm proposing that you add the following (really important!) new attributes to your profiles (and filters): a) age identity, it would be almost the same thing as gender identity but for age; b) biological gender/sex, because it's what really matters for 90% of everyone!
Would you be kind to make this dream (and act of justice) come true?

Thank you very much!

Polígrafo: as motas são construídas para fazerem barulho?

O que está em causa?
De cada vez que uma mota se cruza connosco, parece que os nossos tímpanos perdem alguns anos de vida, os seus motores fazem mais barulho do que um F-16! E a questão é: será que as empresas que fabricam motorizadas são assim tão cretinas que não se importam com a saúde das pessoas? Ou será que a sensual e alta tecnologia que permite que máquinas tenham muita potência sem ruído ainda não chegou ao mundo das motos?

Na realidade, a maioria das motos saem das fábricas e dos stands a fazerem tanto barulho como os carros modernos, que é perto do zero, porque obviamente seguem as mesmas orientações dos seus irmãos: têm abafadores de som nos escapes. Então, coloca-se a questão: porque é que a maioria das motos fazem barulho??

A resposta é simples: porque os motoqueiros instalam escapes para fazerem barulho! Sim, tal como as crianças quando lhes oferecem a primeira bicicleta e instalam uma garrafa no pneu para fazerem barulhinho. Só que a justificação não é tão infantil como no caso dos azeitolas que têm carros tuning e que é: porque sim! A justificação prende-se com o mito de "escapes barulhentos salvam vidas". Ou seja, os motoqueiros entendem que se forem ouvidos, têm menos possibilidade de terem acidentes. Ora, isto é um mito, em primeiro lugar, porque o barulho é encaminhado para trás, e os perigos estão à frente, e em segundo lugar, porque só é perigoso conduzir uma mota se ela for mal conduzida. E mais: já pensaram que existem condutores surdos? Pois bem, é precisamente por essa razão que existem luzes! Uma moto vê-se muito bem, a não ser que circule à mesma velocidade que o Lewis Hamilton quando tenta vencer um GP ou que façam manobras que só deveriam ser feitas dentro de um circuito fechado de Hollywood. E mais: e as bicicletas? Será que os ciclistas também devem instalar sistemas de som a debitar reggaeton no mesmo volume de um concerto do Rock in Rio? Tornaria o ciclismo, igualmente, mais seguro? Possivelmente não, só ficaria mais azeiteiro e odiado. Que é precisamente o que acontece com os motoqueiros! Porque é que sempre que uma moto passa por nós, ficamos sem tímpanos? Para lhes salvarem as vidas? Não, para os tornarem mais irritantes e detestáveis... e mais... se tivesse um lança-granadas eu lançava-lhes um míssil e rebentava com aquela merda toda que iriam saber o que realmente era barulho catano, salvar vidas??? Calma, calma... pensa em carros elétricos... ahhh... ok... já estou mais calmo...

Continuando. Sendo a razão a segurança, digo-o novamente: é um mito! Uma moto ruidosa não é mais segura! A segurança está na visibilidade (material refletor, luzes) e eventualmente na buzina (cujo som é direcionado, esse sim, para a frente) mas que só deve ser utilizada em caso de perigo iminente. Contudo, a verdadeira segurança está em conduzir bem! Entendido? Adicionalmente, fiquem a saber que a barulheira equiparada a um lançamento da NASA, felizmente, tem os dias contados, com a entrada em vigor da tão aguardada inspeção a motociclos e das normas europeias para redução de ruído.
Caras motinhas, não se esqueçam que as vossas irmãs mais evoluídas e bonitinhas e bem boas(!), as motos elétricas, estão à vossa espera!

Assim, a conclusão é: não, as motas não são construídas para fazerem barulho, os donos é que cretinamente querem que elas façam barulho!

Na escala de classificação do CarlosaxCritical, esta afirmação é:
Falsa

Cultura do cancelamento

(Esta é uma carta aberta a todos os adeptos da cultura do cancelamento)

Caros amigos, amigas, amigex, computadores, computadoras, computadorex, animais racionais e irracionais, crianças, idosos, cenas, coisos e coisas,

Porquê cancelarem coisas e coisexes? Porquê decidir entre "ok" e "cancelar", que escolha tão binária (e que ironicamente repudiam), não é? Porquê esquecer à força algo ou alguém tal como as crianças fazem? Porquê? Bem, eu acho que sei qual é o problema... e tem a ver com a vossa ideologia política: a extrema-esquerda.

Já por aqui tinha falado dos extremos, que são ambos reprováveis, porque sim, isto não é futebol nem uma luta entre bem e mal, é uma luta entre ser maluco ou não ser maluco, e claramente que (isto está cientificamente comprovado) quem é da extrema-esquerda ou da extrema-direita não tem os 5 alqueires bem medidos... ainda assim, a extrema-direita, pelo menos, tem noção da merda que faz! Se perguntassem a um oficial das SS se achava bem matarem judeus, ele diria que não, mas que, sabe-se lá porquê, sentiam-se superiores e com legitimidade para tal atrocidade, era um mal menor, para um bem superior, tal como fazer a cama todos os dias no sentido de estar preparado para uma visita dos Room Raiders. Ou seja, eram malucos, mas pelo menos tinham noção que o eram. Já se perguntassem ao Estaline porque é que matava nos gulags quem não gostava do seu bigodão, ou ao Che Guevara porque é que tinha homossexuais em campos de concentração e "reeducação" (sim! É verdade! E já aqui falei disto)... se achavam isso bem? Eles diriam que... sim! Sem qualquer arrependimento, achavam tudo isso muitíssimo bem!
Ora, pelo menos, quero acreditar que alguns daqueles malucos dos nazis foram para a cova arrependidos, no entanto, nenhum comuna, mesmo depois de se transformar em cinzas, se arrependeu dos seus atos! Isto pode parecer incrível, porque alegadamente a extrema-direita é "mais maluca" do que a extrema-esquerda, embora o Estaline tenha matado mais do que Hitler, mas, eu assusto-me muito mais com um maluco que faz mal e pensa que está a fazer bem, do que com um maluco que sabe que está a fazer merda. E, de alguma forma entendo, porque quando alguém de extrema-direita bufa, a milhas, já sabemos que vem aí merda, no entanto, se alguém de extrema-esquerda fizer o mesmo, o peido até é perfumado e tudo, mas quando entendemos que o é já é tarde demais. Porque existe sempre uma justificação legítima para o que dizem... embora nas entrelinhas e asteriscos estejam escondidos os verdadeiros problemas. Nacionalizar tudo porque é tudo do povo e assim é melhor. Ok. Mas e os custos? E a extinção da concorrência? Ou, vamos liberalizar tudo, todos têm liberdade para tudo e mais alguma coisa, podemos casar com animais e mudarmos de espécie, tudo na boa, live and let live. Parece bem, mas, e quem é que trata das consequências de ter uma sociedade completamente alucinada (sem que sequer tenha recorrido à ganza)? Entendem? Portanto, a cultura do cancelamento vem daí, da extrema-esquerda e da sua mania em acharem e darem a entender que têm legitimidade moral para fazer tudo o que querem porque estão do lado dos "bons". Tenho novidades: não estão!!

É legítimo não falar com alguém com quem não concordamos? É! Exceto se quisermos ser boas pessoas adultas, porque, por um lado, cancelar alguém é infantil, e por outro, não ouvir o outro porque achamos que nós é que somos filhos (legítimos) de Deus (ou seja de quem for) faz de nós uns cretinos! Na dúvida, perguntem: o que é que o Papa ou quem venceu Nóbeis da Paz faria na minha posição? Cancelaria alguém, ou dialogaria e tentaria convencer o outro de que ele é que é maluco? Imaginem se fossem cancelados pelos vossos pais? Tal como aqueles que vocês defendem porque são de um género diferente do seu sexo e que foram despedidos pela própria família, ou seja, foram cancelados, acham isso justo? É que um homem pensar que é mulher, ainda dou um desconto de cancelamento porque pode ter amigos no Magalhães Lemos, agora cancelar alguém só porque tem outra opinião? Eh pá, se calhar é um bocado parvo, não?
Daí que termino com um apelo: cresçam! Fazia-vos bem!