CarlosaxCritical Sketches - 10 anos!

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Reveja as 7 temporadas e as Rapidinhas da primeira série portuguesa de animação online

domingo, 23 de agosto de 2020

Serão os animais domésticos prisioneiros de guerra??

Ok, vamos considerar este cenário...
Um soldado, quer dizer, um animal, está a explorar o mundo selvagem, quer sobreviver, ou até viver, porque não? Nisto, é detido, quer dizer, apanhado pelo inimigo, quer dizer, por uma equipa do canil/gatil municipal... É colocado na prisão, quer dizer, no canil/gatil, à espera de alguém que lhe pague a fiança ou haja uma troca de prisioneiros, quer dizer, que seja adotado... Alguém aparece e há uma transferência de prisioneiros, quer dizer, há adoção... O animal chega à sua nova prisão, quer dizer à casa do dono, na qual é instalado... É lhe dado a conhecer as regras e os guardas-prisionais, quer dizer, a família do dono... Existem horários para alimentação e recreio, sempre acompanhado de perto pelos guardas, quer dizer, é passeado pelos donos... Quando tenta fugir da cadeia, quer dizer de casa, é de imediato apanhado... Se por acaso conseguir fazer um "prison break", de imediato são mobilizadas unidades da polícia e dos guardas-prisionais, até cartazes de "procura-se" são distribuídos e afixados! Quer dizer, a família procura pelo seu animal de estimação que, por fim, escapou! Quer dizer, decidiu afastar-se... Quando finalmente o animal é recapturado, quer dizer, encontrado, regressa à cadeia para eventualmente ficar em solitária, quer dizer é colocado na casota ou fechado em casa preso com a trela... O animal sonha em ser livre, em viver uma fantasia com os seus camaradas mas, está em prisão perpétua! Quer dizer, vive "alegremente" com os seus donos... Eventualmente, ele adora ficar detido naquela cadeia, devido ao Síndrome de Estocolmo que contraiu, quer dizer, adora a família que o adotou... Porque é que os guardas-prisionais gostam de ter prisioneiros? Porque a sua profissão não faria sentido sem eles! Quer dizer, porque é que as pessoas gostam de ter animais de estimação? Porque são fofos! Porque é que existem animais em campos de concentração onde são submetidos a experiências científicas macabras como obrigá-los a terem filhos? Quer dizer, porque é que existem zoos? É para os ajudar a não se extinguirem... Mas o que é que os levou à beira da extinção? Ok, ok... mas, felizmente existe legislação que protege os prisioneiros de guerra, certo? Quer dizer, que protege os animais, certo? Sim, senhor, obrigado PAN... contudo não os livra do aprisionamento... quer dizer, do serem obrigados a ser animais de companhia... Mas, são felizes, certo? São, porque a maioria foi submetida a uma lavagem cerebral de nível soviético, portanto não tem grande hipótese em não ser... quer dizer, foi treinada para agradar aos seus guardas-prisionais, quer dizer, aos humanos... Lavagem cerebral soviética? Como os que vivem nos gulags? Quer dizer, nos circos? Algo do género, sim... Então e os insetos? Não são animais também? Não, esses é para extinguir! Holocausto para os insetos!

sábado, 15 de agosto de 2020

Os anti-heróis que pensam que são heróis

Quem é que é racista? E quem é que é anti-racista?
Se respondeu sim a alguma das perguntas, muito possivelmente é um vilão!
O quê?? Sim! É verdade! Ser bom ou ser mau, não depende se estamos num ou noutro extremo, depende apenas se estamos no meio. Blasfémia!! A sério! Caro leitor, liberte a mente e acompanhe-me nesta viagem, mais ou menos maravilhosa...

Imagine que se encontra a passear na rua, possivelmente perto de um hospício, e depara-se com um (eu bem queria ser imparcial mas vou ter de classificá-lo de "maluco") maluco que ali, no meio da rua, pregoa ideias racistas. "Preto do caráculo!" ou "vai prá tua terra!" são algumas das frases proferidas.
Agora, tem duas opções: 1) ignora-o e continua o seu passeio; 2) discute com ele e possivelmente cria um pequeno momento de animação de rua ao estilo "Street Fighter"?
Vou-lhe dar algum tempo para pensar...
Já está?
Pense bem, pense na opção mais sábia que figuras de referência moral como Jesus Cristo ou o Dalai-lama ou o Capitão América tomariam...
Bom... Um anti-racista, que é o suposto "bonzinho" nesta história, escolheria a opção 2). Temos de proteger os ouvidos frágeis dos visados destas ideias, ouçam antes as minhas, as minhas é que são as corretas, e se não o fizerem... ahhh!!! Originando, claro, uma guerra! Ao que eu pergunto: então alguém que só quer o bem, não quer ódio nem discriminação, como é possível que opte por odiar e discriminar racistas, senhores? Segundo a liberdade de expressão, não terão os racistas o direito de profetizar as suas maluqueiras? É óbvio que têm! Tal como todos nós temos o direito (e o dever) de os ignorar... O pior que podemos fazer a um maluco (lá estou eu outra vez!) é ouvi-lo! Se o ignorarmos, ele cansa-se e deixa de fazer o que faz. Já se o enfrentarmos, meus amigos, let the games begin! Acredito que seja mais divertido, mas não é o mais correto se não estivermos a filmar um bom filme de ação. É assim tão difícil de entender, que violência gera violência, ódio gera ódio e merda atrai moscas da (e de) merda?

Compreendo que o leitor possa ser fã do Punisher ou do Dexter ou do Robin dos Bosques mas, o que é certo é que esses senhores não são heróis, mas sim, anti-heróis. E porquê? Porque aparentemente tentam fazer o bem... mal! Repare no negrito do verbo tentar.
Da mesma forma, quem é anti-racista quer privar de direitos quem é racista. E isso não seria bom? Numa abordagem neandertal sim, seria ótimo, menos pessoas que odeiam neste mundo! No entanto, ficariam por cá aqueles que odeiam quem odeia, ou seja, também odeiam!
Ahh pois! Esqueceram-se desse pequeno pormenor! E então, odiar, mesmo quem é bandalho é algo mau? Tecnicamente é péssimo, senhores! Porquê? Porque também têm o diabo no corpo! E ainda fica pior quando criam manifestações e organizações que publicitam esse ódio, mesmo que seja algo nobre, no sentido de provocar os malucos (é a última vez que chamo racistas de malucos, prometo).
Portanto: parem de criar organizações de ódio contra quem tem ódio, porque, (surpresa!) vocês também têm ódio! E não, não existe ódio justificável, meus amigos, ódio é ódio!

Portanto, se queremos parar com o racismo, só há uma coisa a fazer, e que no fundo é aquilo que define um verdadeiro super-herói: sermos tolerantes! Esse é o segredo! E isso implica não "ligar" ou "aturar" ou "estarmos-nos a cagar para" quem é racista (e também quem é anti-racista). É daqueles casos em que a virtude está no meio, entendem?
E agora perguntam: mas então significa que o melhor é não fazer nada e deixar andar?
Se não estivermos perante um crime, ora nem mais! Já o Bruce Lee dizia "sejam água", e estamos a falar de um estrangeiro que conseguia partir uma pessoa ao meio num segundo!

Eu sei que ter o super-poder da tolerância, para além de não ser fixe, não é para todos, mas, podemo-nos esforçar um bocadinho, ok? O leitor quer ser realmente um herói? Vamos lá! Basta não ligar quando não há perigo! (E se realmente quiser bater, com classe, em alguém, escreva!)

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

A Ditadura do Igualitarismo na TV

Não está errado promover a igualdade, antes pelo contrário, devemos lutar pela mesma no nosso dia-a-dia, mesmo que isso implique abdicar de algumas regalias pré-adquiridas (não é mulheres defensoras do cavalharismo?)! Bom, o problema acontece quando queremos ser tão bonzinhos e tão certinhos que, por tudo e todos, queremos agradar a tudo e todos, só porque sim e sopas, transformando o resultado final em algo completamente ridículo....

Para quem acompanha séries, sabe o quão importantes elas são para definirem a cultura pop... Se virmos na televisão alguém a sair da banheira, a escorrer, apenas com a toalha - sendo que o objectivo é tornar a cena mais sensual -, acabamos por fazer isso sem querer no nosso dia-a-dia e deixamos a casa toda molhada! Ou, se virmos as personagens a dormirem nuas na televisão em pleno inverno - sendo que o objectivo é tornar a cena mais sensual -, acabamos por fazer isso sem querer no nosso dia-a-dia, esquecemo-nos de que existem pijamas e apanhamos uma pneumonia!

E portanto, ao vermos casais gays na ficção acabamos por nos familiarizarmos com essa realidade. Até aqui tudo bem, o problema está no exagero! Ora, sendo que o objectivo da ficção é, ou retratar a realidade ou ficcionar uma realidade que gostaríamos que fosse real, não me parece que ter mais de metade das personagens gays, numa série assumidamente não-gay, seja algo positivo. E porquê? Porque estatisticamente só 10% da população o é, portanto, acabamos com um resultado ridículo e pouco verosímil! É um pouco como aquilo que a CMTV faz: segundo eles, a taxa de criminalidade em Portugal é só um bocadinho pior do que a do Afeganistão (10 notícias de crime para 10 crimes no total nacional = taxa de 100%)! [Num aparte, deveria existir um seguro psiquiátrico para quem acidentalmente muda para a CMTV]

Noutro caso, temos a necessidade de ter personagens diversificadas à boa maneira da Benetton... Se é verdade que a nacionalidade não é ditada pela raça, mas sim pela nação, também é verdade que em séries históricas convém retratar o que era a realidade... Não, não vou falar do ridículo que foi censurar filmes só porque abordam ditaduras e afins... ahm... aquilo de destruir estátuas... que felizmente já ninguém se lembra... e censuraram umas cenas e tal...? Bom, sucede, que uma recente série histórica retrata um rei inglês, da época medieval, como sendo negro. Não é que não gostasse de ver víquingues chineses ou a Vénus de Willendorf com um corpo tonificado... o problema é que... TAL NUNCA EXISTIU! E mesmo fazendo parte de um universo alternativo, não funciona! É como considerar arroz-doce como sopa, entendem?

Portanto... parem lá com estas coisas, senhores, pode ser?