CarlosaxCritical Sketches - 10 anos!

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Reveja as 7 temporadas e as Rapidinhas da primeira série portuguesa de animação online

domingo, 29 de julho de 2018

Azeitofobia

É verdade, admito, sou azeitófobo. Mas atenção indivíduos que se chocam facilmente e que têm preconceito contra quem tem preconceito... é preciso perceber exatamente do que estamos a falar! Fobia, é ter medo de, e não odiar! Portanto, um xenófobo tem medo de estranhos... Algo que, por exemplo, não será de estranhar quando vemos ciganos a tomar banho na rua ou a defecar, ou seja, é assustador.

Azeitofobia consiste em ter medo de azeitolas ou azeiteiros. E porquê? O que fazem? Quem são?
Bom, o azeiteiro é uma espécie autóctone do Norte de Portugal, e que infelizmente não está em vias de extinção, em grande medida porque a sua reprodução é equiparada a um canil municipal. Normalmente são animais de ação, pelo que as palavras são cuspidas pelas mãos e pelos pés, e, raramente pela boca; quando tal acontece, fazem-no num dialeto especial que apenas tem 5 palavras. Surpreendentemente nunca estão desempregados, sendo que as profissões de eleição são: técnico de assalto a bancos, consultor de insegurança pessoal, piloto ilegal de circuito urbano e cobrador de neo-finanças pessoais. Para além da farda característica, que mais parecem hamsters que recentemente se tornaram humanos, gostam de carros barulhentos e mal cheirosos, e, optam sempre por circular apenas em primeira ou em segunda à velocidade incrível de 70 à hora, talvez por desconhecerem o que vem a seguir ao número 2. Pois bem meus senhores, podem ir até à quinta! E já agora, ao fim de algum tempo o filtro do escape tem de ser substituído, ok? É que isto de andar com o carro a escagaçar-se, não só é badalhoco, como não é nada (mas mesmo NADA) cool. É mais cool andar de biga puxada por um cavalo com disenteria, ou num carro dos Flintstones, do que nas merdas dos tunings em que os azeitolas andam!
Quando um humano se depara com um azeiteiro, deve evitar o contacto visual (não só porque irá ser considerado como uma ameaça, como também porque o estilo abominável do animal pode fazer com que neurónios sejam obrigados a cometer suicídio), não deve praguejar (por mais tentador que seja) nem fugir virando as costas (mesmo que esteja vestido à streetwear!). A solução é ter sempre uma caneta à mão e desenhar tatuagens em tudo o que é sítio, para que assim o azeiteiro reconheça que está perante um ousadão, algo que muito admiram e respeitam.

Ah... enfim, são razões mais do que suficientes para qualquer um temer cruzar-se com um azeiteiro, seja a pé ou de carro.

sábado, 21 de julho de 2018

As maiores desinvenções de sempre

Ahh, o quão bom é quando aparecem novas invenções que revolucionam as nossas vidas, ou, pelo menos as melhoram um pouco... não é? Pois bem, o pior é quando as invenções que eram boas, de repente desaparecem, e ninguém parece importar-se com isso. Até hoje! Este é o grito de revolta, para aqueles que desinventaram algumas das melhores invenções de sempre!

  • Guarda-lamas: lembram-se dos jipes que andavam na lama e na porcaria, e apesar disso, não eram badalhocos para com os outros veículos? (Aliás) Lembram-se dos carros normais que andavam em caminhos de cabras e pouca poeirada faziam? Pois bem, não era magia, era uma invenção incrível chamada de guarda-lamas. O que um bocadito de borracha atrás de um pneu pode fazer! Agora expliquem-me, porque raio os carros novos não têm esta invenção incrível? Será que é feio terem mini-saias nos pneus? Será que já não está na moda ter roupa estendida num carro? Ah, mas agora todas as estradas são alcatroadas... Meus amigos, basta que o carro que vai à nossa frente na autoestrada apanhe uma poeira delicada, para parecer que estamos no meio de uma tempestade de areia no Egipto! E quantos para-brisas não se racharam como consequência desta desinvenção?
  • Fio terra nos automóveis: o leitor sabia que no tempo dos seus pais e avós, nunca, mas mesmo nunca, ao sair de um carro se apanhava choque? Uau, certo? Pois bem, isso devia-se a um fiozinho, discreto, que tocava sempre no chão. Bom, alguém achou por bem retirá-lo, talvez porque parecia que o carro se estava a desengonçar, e claro, toda a gente agora sofre de "ais" e "uis" de cada vez que sai do carro no verão ou no inverno seco. Porquê, senhores? Porquê?
  • Chinelos normais: e quando o chinelo se agarrava bem ao pé? Bastava uma banda de um lado ao outro para se agarrar bem e podermos andar alguns centímetros sem que o pé saísse do sítio! Agora, ficamo-nos pelas havaianas... Basta dar um pontapé numa mosca para que fiquem completamente destruídas. Mas que sem-abrigo inventou tal coisa??
  • Calças largas (quer dizer, normais): não, não me refiro àquelas calças que os rappers usavam e pareciam sacos de batatas, estavam sempre a cair. Falo das calças tradicionais, das normais... Daquelas que não apertavam as pernas mais do que um torniquete ou que (no caso masculino) nem espaço para os tintins têm! O que deu a esta gente para transformar collants em calças? Ok, as miúdas ficam mais sensuais com elas.. mas.. isso não significa que possam extinguir as calças normais!!
  • Correios: ainda sou do tempo em que uma carta demorava no máximo 3 dias a ir de Bragança à ilha das Flores nos Açores! Ainda sou do tempo, em que existiam carteiros cavaleiros a tocar corneta e postos de correio em tudo o que era sítio, inclusive em tabernas! Isto porque, o objetivo é esse: fazer chegar cartas a todo o lado. Então, quem desinventou os correios? Porquê? Há coisas que ainda não se conseguem enviar por email, como as encomendas ou as cartas da Segurança Social. Porque raio empresas privadas de entregas, fazem um serviço melhor e mais barato do que os correios que agora também são bancos e livrarias e lojas de cobrança e seguradoras e lares de idosos?