Carta Aberta aos Motociclistas com Testosterona de Alta Cilindrada

Caros indivíduos que circulam em veículos motorizados de duas rodas,

É impressionante ver um humano a equilibrar-se e a equilibrar um veículo de apenas 2 rodas, qual equilibrista do Circo Chen. No entanto, tal ato incrível, não vos dá direito de usarem as vias públicas - onde circulam desde crianças a idosos, e acima de tudo, outros condutores e peões respeitadores do Código - para fazerem o que bem entenderem. E porquê? Bom, quando um equilibrista anda na borda de uma vedação, é um espetáculo, mas, se um motoqueiro anda no passeio ou a 200 Km/h na estrada... é: maluco! E porquê? Não só porque pode falecer, como pode fazer com que outros faleçam! E isso é, vá lá... chato! Podem argumentar que no Dakar é assim... pois bem: não estamos no Dakar, pois não? Caso contrário veríamos camelos no dia a dia.
Uns fazem da estrada autódromos, outros montanhas russas, e outros pensam que estão a jogar o Carmageddon... E depois, quando acontece algo, consideram-se uns coitadinhos porque andar de moto é um ato incrível de equilibrismo e torna o motociclista quase num... coitadinho de um peão. Até pode ser verdade, mas tal como nunca vi um coitadinho de um idoso a andar de skate na A1, também não gostaria de ver um motoqueiro a comportar-se como se tivesse um seguro de 10 milhões de euros com uma cláusula de ressurreição à Jesus Cristo! Será pedir muito, perdir-vos que respeitem, pelo menos, sei lá, 40% do Código?

Da última vez que vi, nem vivia no Mónaco nem na Sicília, portanto, tudo o que é Fórmula 1 ou perseguições à máfia, só quero presenciar na televisão ou no cinema. E depois há outra coisa... Nós temos um sonho: viver em zonas verdes, onde circulam bicicletas e veículos elétricos... Sim, podem fechar os olhos e sonhar na maravilha que é conduzir uma mota que não faz barulho nenhum e tem uma aceleração que parece um foguetão da NASA! (Atenção: este sonho não contempla andar a cavalo, porque ninguém quer viver em ruas cagadas!) É um sonho incrível, não é? No entanto, o que vivenciamos é: uma zona cinzenta cheia de fumo e com barulheira de motores do século passado. Isto não é bonito, caros amigos! Porém, eu sei, que para muitos este último é um sonho molhado. Mas, também há quem goste de comer merda sem condimentos... enfim...

Despeço-me desejando as maiores felicidades aos que gostam de viver em sociedade, e as maiores infelicidades aos demais.

Canzaria (e Bom Ano)

Cães, cães e mais cães... Não, não é aquele cenário de várias bolas de pelo a brincarem fofinhas num parque. É sim, aquele cenário de várias feras soltas atrás de nós. E mesmo assim, não, não são várias feras à solta em estado natural como se se tratasse de um safari, mas sim, de várias feras à solta, numa rua ou numa estrada ou num caminho público! Como é isto possível, senhores?

Possivelmente os donos sentem-se mal por "prenderem" os cães em jaulas ou em prisão domiciliária... contudo, lembrem-se, que é essa a definição de "animal doméstico". Preso em casa... vá, não vamos ser violentos: em casa com liberdades restringidas.
E qual o problema em fazer as vontades a estas bolas de pelo?, coitadinhas... Bom, o problema é... como é que hei-de expressar-me... de uma maneira que toda a gente entenda e sinta na pele... ahmmm... é... é ASSUSTAREM DE MORTE ALGUÉM OU MORDER ALGUÉM!! Custa assim tanto meter uma p%%a de uma trela ou um car%%o de um açaime num cão???? É que trata-se apenas, não só mais nem menos, do que A LEI!! Custa assim tanto respeitá-la? Porquê deixar a p%%a dos cães à solta na via pública, cara%%o?????
Quem se lixa são os ciclistas e os carteiros. Da parte dos carteiros é simples, as pessoas não recebem as cartas: tomem lá que é para aprender! Da parte dos ciclistas não há grande poder negocial, que não seja a possibilidade de atropelar o quadrúpede ou de cuspir gás pimenta nas trombas do bicho ou simplesmente dar um pontapé no focinho canino! São vinganzacinhas um pouquito... chatas... entendem? Vamos evitá-las? Só porque... são chatas... ok?

E pronto... era só isto... durante as minhas férias de Natal andei de bicicleta e deparei-me, quase todos os dias, com situações destas... foi chato... e... Bom Ano (dentro dos possíveis)!