Entrar num hospital e ver toda a gente de branco ou azul... é normal. Entrar na prisão e ver gandulos vestidos de laranja e guardas fardados... é normal. Passear na rua e ver todas as raparigas vestidas de igual... é normal? Bom, parece que sim!
Gostava de saber o que se passa nos bastidores, nos fornos onde a moda é forjada. Será que as lojas recusam-se a vender roupas alternativas e não há muita escolha? Hmm.. não me parece... Da última vez que fui a uma loja (mista), a secção masculina resumia-se à ilha do Corvo no meio da imensidão do Atlântico, e ainda assim, tinha mais variedade do que um restaurante chinês. Daí que certamente havia muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuita roupa feminina para escolher. Será que há falta de personalidade? Bom, os nomes e os sobrenomes das mulheres não são todos iguais, portanto acredito que.. hmm... foram dados pelos pais... não vamos por aí...
Ok, então porque raio de cada vez que saio à rua, parece que uma fábrica de bonecas que labora por ali perto, rebentou? E o pior é que em vez de Barbies ou Nancys são clones de Lady Gagas desenhadas na China! São todas, todas, todas iguais! Mesma marca e mesmo modelo! Até as metaleiras e as hippies, que eram fabricadas por empresas unipessoais das novas oportunidades, estão em vias de extinção! (Ok... agora, sinto-me como um soldado do Greenpeace que se debate por proteger o bandalhão do tubarão branco que lhe petiscou a perna...) Voltem tribos (femininas) urbanas! Pelo menos no vosso tempo as coisas tinham algum interesse, tal como uma salada com sementes ou com tomates-bolota.
Meninas, vamos ser originais? Hein? Ter estilo próprio é uma coisa bonita! Vejam o caso dos homens: são todos diferentes e alguns conhecem-se apenas pelo estilo. Toda a gente sabe quem é o Zé-das-calças-pretas ou o Maneli-vagabundo ou o Gato das Botas!
Termino com a lição do dia: já pensaram no que seriam os produtos de marca branca Continente se, para além de não serem cancerígenos, viessem em embalagens iguais? Ninguém os comprava!
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