Impossível respeitar pessoas que...

Simplesmente não dá, há coisas que são esquisitas demais e desviam totalmente a atenção. É como falar com alguém que se baba, ou viajar com alguém que cheira a cocó de germes de cocó, ou tentar debater a conjuntura com um bêbado epilético... é impossível!
Aqui ficam (algumas) outras coisas, igualmente, desviantes (a todos os níveis):

• Usar argolas no nariz: eh pá, não! Lembro-me imediatamente dos bois de Trás-os-Montes e da sua tradicional argola no nariz! Esta nova moda é mesmo estranha! E mais, como fazem se tiverem de se assoar? Imaginem que almoçam chili extremamente picante... começam a pingar do nariz... o que, e como, fazer? Ou se espirrarem? Será que a argola sai disparada e vaza a vista a alguém? Entendem? Portanto: não!
• Cabelos com cores não naturais: excetuando alguma personagem da televisão ou do cinema, no dia-a-dia, ter o cabelo azul, vermelho ou cor-de-rosa (entre outros) é um NÃO! Imaginem que vão ao banco depositar dinheiro... Imaginem que quem vos atende tem o cabelo verde. Até são do Sporting e tudo, mas... tendo em conta que parece pertencer a um gangue punk da Academia de Polícia... será que continuariam a transação/assalto? O mesmo acontece com a comida: comeriam coisas azuis? Como aqueles sapos venenosos... que têm aquela cor especialmente para dizer "afastem-se de mim porque provoco (literalmente) falecimento!!" Entendem agora?
• Mostrar as nádegas em público: há uma coisa que nunca entendi, que é a vergonha que uma mulher sente em mostrar a cor do seu sutiã, e no dia seguinte ir para a praia e mostrar as nádegas a toda a gente sem ter um pingo de vergonha, quiçá, até orgulho! O que está em causa nem é a possibilidade (e irresponsabilidade) de provocar ereções desalmadamente, é simplesmente o facto de ter de lidar com pessoas conhecidas não estando preparada, tal como um casal que comete uma "loucura" no meio do campo por onde de repente passa um grupo de caminheiros. Imaginem que encontram um colega de trabalho, ou até alguém de família que tocou pandeireta na banda do exército enquanto esteve no Ultramar.. vem-vos as nádegas... praticamente não há nada mais para ver... como ficam? Orgulhosas? Respeitariam a vossa chefe se lhe vissem as nádegas? Entendem? Este tipo de deceção só deveria acontecer depois dos 70 anos quando um desgraçado tiver de nos lavar o rabo na cama! E mais, tendo em conta que a moda das tangas e das cuecas cheeky foi importada por strippers, numa altura em que o feminismo pretende mais respeito para as mulheres, hmm... se calhar seria de evitar, não?
• Roubar comida: existe sempre alguém numa mesa que gosta de roubar comida aos demais, principalmente sobremesas. No fundo, é uma gaivota humana. Não pediu mais comida porque seria demais, mas não acha demais tirar comida aos outros que passam a ter de menos? Façamos o seguinte: e que tal ter a mesma ideia quando chegar a altura de pagar? Roubem parte ou a totalidade da fatura! Força!
• Tatuagens em excesso: Ok, vamos começar pelo princípio: imaginem que teriam de usar a mesma luva ou anel ou pulseira ou penteado para todo o sempre. Ridículo, certo? Então porquê grafitar algo na nossa pele que ficará para todo o sempre? Porque não fazer desenhos indianos ou tatuagens temporárias como 99,9% do resto de toda a moda? Então não era suposto andarmos sempre a mudar segundo as tendências? Para quê ficar com o mesmo para sempre? Mas bom, pior mesmo, é se for em excesso, daquele excesso do género "vou ser promovido a Padrinho do nosso gangue para a semana", entendem? Esqueçam ser bancários, talhantes, profissionais liberais... até coveiros, que isso pode despertar algum morto por algum texto tatuado estranho que afinal não é uma inspiração de merda mas vudu!
• Usar modas estúpidas: para além das tatuagens, há mais! O desejo de seguir modas é muito forte, mas quando supera a própria estupidez não há como respeitar. Porquê usar (literalmente) farrapos a fingir que são calças? Porquê usar cortes de cabelo assimétricos ao estilo do Duas Caras? Será que gostam mesmo ou foi porque o inventor de tendências que não se sabe muito bem quem é, apenas que labora num hospício, disse que sim? Entendem? Ah e tal, está na moda mergulhar no fosso dos prédios! Bora lá! Se se atiraram, bem, teremos menos adeptos de modas estúpidas... enfim...
• Ser pervertido ou promíscuo: quando digo isto, não falo apenas de coisas óbvias como passear à beira-mar com uma mão no bolso ou tirar o curso de massagista com o intuito de ser contratado por uma equipa desportiva feminina e desistir da profissão se apenas se apanharem homens à frente... Falo também de participar em orgias ou em swings ou ser fã de one-night stands. Será que aceitariam fazer negócio com alguém que vos garante que são o seu melhor cliente mas que à noite troca de parceir@ e tem mais ação do que uma prostituta das Filipinas? Ou que esse mesmo alguém é professor dos vossos filhos? Ou que se casou com @ númer@ 5978 e fez aquelas juras de amor de respeitar na saúde e na doença e não sei quê enquanto faz a pré-seleção de pretendentes antes de ir de lua-de-mel para Ibiza? Ou que é vizinho e está disposto a ficar com as chaves da nossa casa enquanto estamos de férias para nos regar as plantas? Exato! E a dúvida não é apenas com o que iria regar as plantas! Que imagem! Impossível de apagar... e impossível também de respeitar!