(Esta é uma carta aberta a todos os adeptos da cultura do cancelamento)Caros amigos, amigas, amigex, computadores, computadoras, computadorex, animais racionais e irracionais, crianças, idosos, cenas, coisos e coisas,
Porquê cancelarem coisas e coisexes? Porquê decidir entre "ok" e "cancelar", que escolha tão binária (e que ironicamente repudiam), não é? Porquê esquecer à força algo ou alguém tal como as crianças fazem? Porquê? Bem, eu acho que sei qual é o problema... e tem a ver com a vossa ideologia política: a extrema-esquerda.
Já por aqui tinha falado dos extremos, que são ambos reprováveis, porque sim, isto não é futebol nem uma luta entre bem e mal, é uma luta entre ser maluco ou não ser maluco, e claramente que (isto está cientificamente comprovado) quem é da extrema-esquerda ou da extrema-direita não tem os 5 alqueires bem medidos... ainda assim, a extrema-direita, pelo menos, tem noção da merda que faz! Se perguntassem a um oficial das SS se achava bem matarem judeus, ele diria que não, mas que, sabe-se lá porquê, sentiam-se superiores e com legitimidade para tal atrocidade, era um mal menor, para um bem superior, tal como fazer a cama todos os dias no sentido de estar preparado para uma visita dos Room Raiders. Ou seja, eram malucos, mas pelo menos tinham noção que o eram. Já se perguntassem ao Estaline porque é que matava nos gulags quem não gostava do seu bigodão, ou ao Che Guevara porque é que tinha homossexuais em campos de concentração e "reeducação" (sim! É verdade! E já aqui falei disto)... se achavam isso bem? Eles diriam que... sim! Sem qualquer arrependimento, achavam tudo isso muitíssimo bem!
Ora, pelo menos, quero acreditar que alguns daqueles malucos dos nazis foram para a cova arrependidos, no entanto, nenhum comuna, mesmo depois de se transformar em cinzas, se arrependeu dos seus atos! Isto pode parecer incrível, porque alegadamente a extrema-direita é "mais maluca" do que a extrema-esquerda, embora o Estaline tenha matado mais do que Hitler, mas, eu assusto-me muito mais com um maluco que faz mal e pensa que está a fazer bem, do que com um maluco que sabe que está a fazer merda. E, de alguma forma entendo, porque quando alguém de extrema-direita bufa, a milhas, já sabemos que vem aí merda, no entanto, se alguém de extrema-esquerda fizer o mesmo, o peido até é perfumado e tudo, mas quando entendemos que o é já é tarde demais. Porque existe sempre uma justificação legítima para o que dizem... embora nas entrelinhas e asteriscos estejam escondidos os verdadeiros problemas. Nacionalizar tudo porque é tudo do povo e assim é melhor. Ok. Mas e os custos? E a extinção da concorrência? Ou, vamos liberalizar tudo, todos têm liberdade para tudo e mais alguma coisa, podemos casar com animais e mudarmos de espécie, tudo na boa, live and let live. Parece bem, mas, e quem é que trata das consequências de ter uma sociedade completamente alucinada (sem que sequer tenha recorrido à ganza)? Entendem? Portanto, a cultura do cancelamento vem daí, da extrema-esquerda e da sua mania em acharem e darem a entender que têm legitimidade moral para fazer tudo o que querem porque estão do lado dos "bons". Tenho novidades: não estão!!
É legítimo não falar com alguém com quem não concordamos? É! Exceto se quisermos ser boas pessoas adultas, porque, por um lado, cancelar alguém é infantil, e por outro, não ouvir o outro porque achamos que nós é que somos filhos (legítimos) de Deus (ou seja de quem for) faz de nós uns cretinos! Na dúvida, perguntem: o que é que o Papa ou quem venceu Nóbeis da Paz faria na minha posição? Cancelaria alguém, ou dialogaria e tentaria convencer o outro de que ele é que é maluco? Imaginem se fossem cancelados pelos vossos pais? Tal como aqueles que vocês defendem porque são de um género diferente do seu sexo e que foram despedidos pela própria família, ou seja, foram cancelados, acham isso justo? É que um homem pensar que é mulher, ainda dou um desconto de cancelamento porque pode ter amigos no Magalhães Lemos, agora cancelar alguém só porque tem outra opinião? Eh pá, se calhar é um bocado parvo, não?
Daí que termino com um apelo: cresçam! Fazia-vos bem!